quinta-feira, 4 de setembro de 2025

POEMA DE PEDRO HOMEM DE MELLO

 

Noite. Fundura. A treva

E mais doce talvez...

E uma ânsia de nudez

Sacode os filhos de Eva.

A voz do sangue grita

E a das almas responde!




Labareda infinita

Que nas sombras se esconde.

Mas quase sem ruído,

Na carne ao abandono

O hálito do sono

Desce como um vestido...




 

segunda-feira, 5 de maio de 2025

A BUNDA

 

A BUNDA

 

Os responsáveis pela bunda (como é conhecida na atualidade, referindo-me ao conceito contemporâneo de bunda; ou seja, a bunda como ela é) são os africanos. Mais especificamente, os angolanos e os cabo-verdianos. Para ser ainda mais preciso, as angolanas e as cabo-verdianas.




Foram elas, angolanas e cabo-verdianas, que, ao chegarem ao Brasil durante as trevas da escravatura, revolucionaram tudo o que se sabia sobre bunda, até então.





Foi assim: naquela época, a palavra bunda não existia. Os portugueses, quando queriam falar a respeito das nádegas de uma cachopa, diziam, exatamente isto: nádegas; ou região glútea (tanto fazia).





Aí, os escravos angolanos e cabo-verdianos chegaram ao Brasil.

Só que eles não eram conhecidos como angolanos nem cabo-verdianos.





Eram os “bantos”, chamados bundos, e falavam o idioma "ambundo", ou "quimbundo": a língua bunda, enfim.




Os bundos, em especial as mulheres bundas, possuíam a tal região glútea muito mais sólida, avantajada, globosa.




Os portugueses, que não são parvos, logo deitaram os olhares para as nádegas das bundas (das mulheres bundas). Quando alguma delas passava diante de um grupo de portugueses, vinham logo os comentários: “Que bunda!” (referindo-se, claro, à africana; não à bunda, propriamente dita, da africana...). Em pouco tempo, a palavra bunda, antes designação de uma língua e de um povo, passou a ser sinônimo de nádegas. E assim nasceu a bunda moderna.




 

Como se vê... BUNDA TAMBÉM É CULTURA!...

(Autor Desconhecido).