Outro
dia conclui minha leitura da edição de “Deadpool VS Carnificina”. Uma edição da
Panini Comics, publicada em Novembro de 2015, com 148 páginas por 18,90 R$ numa
edição do encadernado cartonado. Da qual comprei depois que conferi ao filme do
Mercenário Tagarela que estreou nas telonas em fevereiro. Tirada da edição original americana de
Deadpool VS. Carnage 1, pulicado em
Junho de 2014. Com um enredo bem caracteristicamente insano, ainda mais com
o Deadpool encarando um ser tão insano como ele que é o Carnificina. Inclusive pessoalmente sou um tanto cético em pensar que este arco poderá
ser futuramente adaptado para o cinema,
não só pelo fato que envolve a delicada questão da batalha judicial da Marvel com a Fox, que detém os direitos do
Deadpool no cinema. Já o Carnificina por
pertencer a galeria de vilões do Homem-Aranha, que até 2014 era de propriedade
da Sony, mas depois do fracasso de “O
Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro”, ela resolveu entrar em acordo com a Marvel Studios e cedeu o
Cabeça de Teia para eles, que fez sua primeira aparição dentro do MCU no recente “Capitão América: Guerra Civil”. Além desse
fator, o que me faz pensar que seria improvável deste arco ser adaptado para os
cinemas, é que além do teor de acidez com muita violência explicita, também há
o fator de como trabalhar a essência de um ser simbionte como o Carnificina na
história, ainda mais que ele tem como hospedeiro o psicopata Cletus Kassady. Prova disso, Venom
foi incluído em Homem-Aranha 3, foi trabalhado de uma forma tosca e o filme
resultou num fiasco para a Sony. Fora
que mesmo Deadpool conseguindo conquistar o público com a sua classificação
limite de maiores 18 anos, sem precisar
aliviar nada, ainda assim poderia correr
um enorme risco dele ao combater um
vilão deste calibre na história, e o teor da violência ficando pesado demais teriam que suavizar algumas cenas que são mostradas aqui.
Tirando
isto, mas voltando a comentar sobre a
edição da HQ, com roteiro de Cullen
Bunn, arte de Salvador Espin e cores de Veronica Gandini. Deadpool VS Carnificina é uma impressionante
obra que para quem gosta de apreciar muita insanidade e tem nervos de aço, com
certeza deve gostar tanto de ler quanto de olhar os magníficos traços
apresentados nesta obra. A minha
principal motivação que eu comprei, foi para entender um pouco mais de sua essência
dos quadrinhos. Como o próprio filme representou bem sua essência e nesta
edição, aqui ele o tempo faz uma piadas referencias em cada cena do arco. Inclusive
na sétima página tem uma dele andando na rua parando o trânsito, onde aparece
um letreiro num estabelecimento aparecendo o Capitão América com a mensagem “Faça o bem e
será aprovado” E ao lado do Sentinela da
Liberdade aparece o antigo selo do
Código de Ética dos Quadrinhos, mais abaixo podemos observar o tom ácido da
ironia com as datas de 1954-2011. Que são referentes aos anos em que este código nasceu e morreu, ou seja, ele refere-se ao fato de que foi no ano de 1954 que ele surgiu após
o psiquiatra Fredric Wertham(1895-1981) publicar o polemico livro “Seduction of
the Innocence”(Sedução dos Inocentes) baseado nos seus estudos que estava
desenvolvendo sobre o comportamento agressivo
das crianças e dos jovens que estava atendendo terem ligação com eles lerem as
comics dos heróis. Com esta sua
publicação, deu-se inicio ao conturbado período de censura das comics, dando
origem ao Código de Ética dos Quadrinhos. Mesmo tendo perdido a força ao longo
das décadas, o selo deste código ainda permaneceu ativo, até ser completamente extinto em 2011, ou
seja, o tempo de vida dele foi de 57 anos. Para saber um pouco mais do que se tratava
este código recomendo vocês assistirem ao canal do Arquivo Nerd, que aborda de
forma bem abalizada o que foi este código. Aqui embaixo vai o link do canal que
eu postei aqui no blog:
Além
desta edição apresentar a batalha do Mercenário Tagarela contra o simbionte psicótico,
no qual ele vai penar para conseguir vencer, ainda mais que o Carnifinca vai
contar com o reforço de sua companheira tão insana como ele Shriek. E para vencê-lo o Deadpool não outra solução a
não ser virar uma Kimera com simbionte que faz ele adquirir de corpos de outros
seres, viando um Frankstein para só
conseguir derrotar o Deadpool. Além
desta história Outras aventuras do Deadpool, como “Terror em Gibsonton” , tirado da publicação original americana Deadpool Team-Up 897 de Março de 2010. Com roteiro
de Adam Glass, desenhos de Chris Stagss, cores de Dan Brown e arte-final de
Robert Campanella. Onde apresenta o
Mercenário Tagarela num lugar de gente bizarra, figuras símbolos dos circos dos
horrores, como a Mulher-Barbada e o Anão e aparecem dois Motoqueiros Fantasmas,
onde também tem muita luta insana com umas pitadas de piadas referenciais numa
festa a fantasia freak.
Em
seguida temos “Saida 896-Amigos do Peito”, tirado originalmente de
Deadpool Team Up 896 em Abril de 2010.
Com roteiro de Stuart Moore, arte de Shawn Crystal e cores de John Rauch. Nesta passagem podemos acompanhar o Deadpool
vivendo uma aventura no estilo road-movie, mesclado a elementos cósmicos com
refrencuias a raça alienígena Shíar do Universo X-Men , do no qual no seu
recente filme ele está ligado. Para quem filmes deste gênero no cinema pode ser
que goste desta trama. Por fim, destaco Feliz Natal, tirada originalmente tirada de Marvel Digital Holiday Special 2,
publicada em Dezembro de 2009. Com roteiro de Fred Van Lente, arte de Sandord
Greene e Natham Massengill e cores de
John Rauch. Onde acompanhamos então o Mercenário Tagarela vivendo o clima
natalino na casa do Papai Noel no Polo Norte, que apresenta uma essência bem
contrastante daquela típica imagem de bom velhinho que dá presente as crianças.
Se você leitor que tem um filho pequeno, aconselho a não ler esta história para
ele/a, porque vá que ele/a fique traumatizado/a e cresça detestando o clima
natalino. Bem, o que posso resumir da edição é que ela é simplesmente fantástica,
sensacional. Foda demais, para o nicho de público que gosta deste tipo de publicação
com uma trama bem amarrada e um bom acabamento dos traços e das ilustrações. Se você não é muito fanboy desse tipo de obra que descrevi e não
tem nervos de aço, então aconselho a não gastar sua grana nesta edição.
Se gosta de histórias mais simples de Turma de Mônica, ou mesmo de Disney, então
gaste com esta comics. Ou se tem paixão
por DC ou pelos alternativos, gaste com estes em vez de perder tempo lendo uma
trama de teor muito densa como esta edição. Para quem é fã então recomendo.
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