Outro dia fiz finalmente a conclusão de minha leitura da edição de Luke Cage na
edição vermelha da Salvat.
Uma edição que eu havia adquirido no ano passado, mas que
só agora eu pude fazer a conclusão de
minha leitura da obra, após isso posso fazer então minha análise critica dela.
Primeiro começo explicando alguns dados técnicos
importantes, para depois explicar a respeito do conteúdo apresentado na obra.
Bem sobre o formato ele é bem tipicamente americano, ela
pertence a coleção vermelha da Salvat da Panini Comics denominado de “Os Heróis
mais poderosos da Marvel”. Como é típico das edições dessa coleção, assim como
na Salvat preta, trata-se de uma edição
de luxo em capa dura, contém 160 páginas, com a brochura quadrada bem
característico desta coleção. Como é também
característico desta coleção, ele traz um compilado com uma edição antiga, clássica
com traços e paletas de cores bem datados e com as edições mais recentes, com
traços e paletas de cores bem modernas. A história é Luke Cage e Punho de Ferro,
extraído de uma publicação clássica dos anos 1970, cuja equipe criativa que esteve envolvida
foram Chris Claremont , o mesmo responsável pela sensacional saga dos X-men
“Dias de um futuro esquecido”, que inspirou a adaptação para o cinema em 2014.
Pois
então a história clássica que abri a edição do Luke Cage de autoria dele como
roteirista. Que conta também como
desenhista John Byrne, o velho parceiro de Claremont, que além deste também
inclui Dan Green, Mike Zeck e Lee Elias.
Como arte-finalistas temos Ernie Chan, Ricardo Villamonte e Jim Mooney.
Os editores originais foram Archie Goodwin, Jim Shooter e Bob Hall. A tradução
para o português da versão brasileira é da Linus e as letras de Rui Alves.
Já a segunda história contida nesta edição que é “Cidade
sem piedade”, traz em sua equipe John Arcudi como roteirista, Eric Canete e
Pepe Larraz como desenhistas. Chris Chucrky e Andres Mossa como
arte-finalistas. Tomo Brennan com editor original. Tom Brevoort como editor
executivo original e Joe Quesada como editor-chefe original. Já a edição brasileira ficou encarregada de ser
feita pela Linus na tradução e Rui Alves como letrista.
Esta já mais moderna, extraída da recente edição
de 2010. Agora que já informei os dados
técnicos, posso comentar minha impressão sobre os conteúdos das duas histórias
apresentadas na edição aqui em questão. Mas
antes, devo colocar que como já é bem característico desta coleção assim como a
Salvat preta, ele começa com um texto introdutório do editor, explicando do
conceito e a essência de cada herói para
que a gente possa se familiarizar e se situar na trama. Para assim então
podermos começar de fato a leitura e nos aventurar e deliciar nas páginas coloridas. Bom, na trama que abre a
edição que é “Luke Cage e Punho de Ferro”, apresenta quatro histórias extraído
da edição original americana de “Power Man & Iron First nº 50-53”, publicado em 1978. Divididas
em “Liberdade!”, seguido de “Uma
Noite na cidade”, em seguida vem “Meia palavra basta para um super-herói
morto...!”, que finaliza com “Salto Mortal” como bem já descrevi, o enredo tem um tom todo datado, nos apresenta a aventura do Luke Cage em
parceria com o Punho de Ferro e nos
mostra um pouco de sua essência dele como o tipo não um super-herói, mas um
tipo mais vigilante urbano, que enfrenta os perigo mais barra pesada nas periferias, o tornando a meu ver bem mais
realista do que o Homem-Aranha, o mais popular do Universo Mitológico Marvel.
Digo isso porque, diferente do Homem-Aranha que além de ter superpoderes, carrega o padrão de utilizar de uma
irreverente roupa carnavalesca para combater gente insana que tenta amedrontar
Nova York com o manto de um animal, e as vezes foge um pouco da realidade
quando encara aventuras cósmicas. Coisa que aqui, o Luke Cage é o completo
oposto, ele enfrenta o perigo de cara limpa, usando da força física para
encarar qualquer bandido, não se utiliza de nenhuma identidade secreta
inspirado em algum manto seja animal ou mesmo de algum objeto como fogo, por
exemplo, nem muito menos precisa se utilizar de muita tralha tecnológica como o
Batman e o Homem de Ferro, que vem do berço da elite usam para enfrentar
grandes ameaças de proporções catastróficas.
Nesta versão podemos bem observar
o Luke Cage apresentando o estilo da influencia do cinema blaxploitation,
que era um gênero muito em alta na década de 1970, que se caracterizavam como filmes cujo nicho especifico era o público
afro-americano que viviam marginalizados
nos EUA numa época em que essa população lutava pelos direitos civis. *“Geralmente eles eram thrillers policiais ou
de ação passados em regiões urbanas que apresentavam um predominantemente afro-americano
que apresentava um elenco predominantemente afro-americano que interpretava seus
personagens de uma maneira exagerada, quase caricata ”.Assim como os filmes
desse gênero traziam um pouco um reflexo da vida marginal dessa população, Luke
Cage também trazia um pouco desse reflexo. Principalmente quando foi criado para a edição de Luke Cage: Hero
for Hire nº1, publicado em Junho de 1972. Com roteiro de Archie Goodwin e
desenhos de John Romita Sr e George
Tuska. Nesta versão podemos ver o Luke Cage cabeludo no estilo black powe, com
uma tiara de metal na testa e uma roupa meio chamativa uma caracterização muito
datada ao modismo dos anos 1970, encarando a ameaça das gangues do seu bairro
em parceria com o Punho de Ferro. Neste ano em que os dois vão ganhar uma série
na Netflix, é bem recomendável dá uma lida nesta edição para conhecer mais da essência de cada um e saber do que eles se
tratam, que são tipos urbanos, heróis de aluguel que tem um tom bem mais
realista do que outros heróis, porque encaram perigos mais rotineiros nos
bairros barras pesadas das periferias, um herói que inclusive inspirou o nome
do astro hollywoodiano Nicolas Cage. Após
fazer a leitura dessas quatro histórias, temo então aqui a saga mais recente de
Luke Cage, Cidade sem piedade, extraída da edição original americana de New
Avengers Luke Cage 1-3, publicado em 2010.
Somos apresentados a sua nova
roupagem, completamente careca, barbudão e com aspecto bem tipicamente brucutu, aqui somos apresentados Luke Cage já
estabelecido com o seu relacionamento amoroso com a Jéssica Jones, vivendo como
um herói de aluguel para sustentar a
filha. Encarando outro perigo barra pesada com os chefões do tráfico, cuja pessoa
envolvida está alguém do passado dele para fazer um grande acerto de contas. Assim
como é característico dessa coleção vermelha da Salvat, após o fim da história,
as últimas vêm recheadas de um longo texto informativo, explicando com um
conteúdo bem enriquecido, fatos, curiosidades entre muitos detalhes sobre este
herói. Vale a pena ter esta edição de luxo, para quem está ansioso para série
dele estrear na Netflix, e conhecer um pouco da sua característica como um herói mais humano dentro do panteão da Marvel
recomendo ter esta edição para uma leitura e apreciar a bela obra-prima em épocas
bem distintas para conhecer o perfil de um tipo que social que simboliza a figura marginalizada dos subúrbios das grandes cidades.
FONTE:
*Texto tirado de “Uma breve história de Luke Cage, O
Poderoso”. Dentro da edição vermelha da Salvat.
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