quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A ÚLTIMA TIRINHA INÉDITA DE CALVIN E HAROLDO FOI EM 1995



O dia 31 de Dezembro de 1995, foi um dia muito triste para os fãs de Calvin e Haroldo.  Porque foi nesta data  que o criador da dupla Bill Watterson publicava pela última vez uma tirinha inédita deles  que era marcado pelo teor de humor reflexivo e ás vezes um pouco ácido.


Com nomes inspirados em ilustres figuras acadêmicas, o garoto Calvin foi inspirado no reformador religioso francês João Calvino(1509-1564) e o seu tigre de pelúcia  originalmente chamado de Hobbes, Haroldo foi modificado aqui no Brasil foi inspirado no filosofo inglês Thomas Hobbes(1588-1679).

O que de certa forma o porque destes personagens terem diálogos tão filosoficamente reflexivos durante os 10 anos de vida da dupla que surgiu em 1985. Lá se vão 21 anos da última publicação inédita de Calvin e Haroldo.




sábado, 10 de dezembro de 2016

RESENHA DA HQ MARIETA VOLUME 1



2016 foi um importante ano para mim nas leituras de Hqs, onde tive o privilegio de ler muitas produções de autores potiguares.  Isto desde que fui prestigiar uns lançamentos na antiga K-Ótica. E fui ao evento do Saga 2.0 ocorrido em Outubro onde adquiri a edição da qual estou  aqui descrevendo que é “Marieta-Volume 1”. Uma produção  que é fruto da  parceria de pai e filha, no caso do José Veríssimo e da Ju Veríssimo.  Graças ao  financiamento coletivo do Cartase. 

 











De todas as edições da HQ dos autores potiguares que comprei e pude  ler ao longo desse ano de 2016, Marieta  carrega muitos diferenciais, a primeira de cara está no  formato do seu encadernado de  25,5 cm x 17,5 cm, pela informação que colhe com o próprio autor ele publicou esta edição num formato  que não tem um nome especifico,  mas que não é comum para publicação de livros. Ele também comentou que adotou desta forma com o intuito de valorizar a diagramação das tirinhas apresentadas na obra, bem diferente do formato, por exemplo, de Lampião na Terra dos Santos Valentes do trio Marcos Guerra, Marcos Garcia e Carlos Alberto que era em um formato maior parecendo o formato americano de luxo. Aproveitando que já entrei no assunto, as tirinhas são outros diferenciais  com relação as outras edições de autores potiguares  que li em 2016. Enquanto que,  por exemplo, Lampião na Terra dos Santos Valentes apresentava um arco bem fechado  com a abordagem de uma trama que reconstituía o temido evento da Invasão de Lampião e seu bando ao município de Mossoró em 1927.  




 









 Eu fantasiado de Batman  no Saga 2.0 recebendo das mãos do José Veríssimo a edição de Marieta Volume 1.


Aqui em Marieta é completamente o contrário, são 130 histórias com cada tirinha apresentando uma situação peculiar ao longo de 106 páginas da edição. Com lombada quadrada e em capa cartonada. Mas o principal diferencial que Marieta apresenta com relação as outras edições de quadrinistas potiguares que li ao longo desse ano é o fato das ilustrações serem coloridas, característica que tanto em Lampião na Terra dos Santos Valentes e Quando os anjo queimaram de autoria do trio Marcos G  uerra, Marcos Garcia e Carlos Alberto, quanto Parsifal 1 e 2 do Alexsandro Alves e Antonieto Pereira onde  as ilustrações não eram coloridas, os traços ficavam em preto e branco. Uma das razões para isto envolvem os custos altíssimos na edição, que por outro lado eram importante para a identidade visual da obra. No caso de Marieta, as cores aqui apresentadas conseguem servir como uma boa identidade visual  para o traço cartunesco adotado pelo autor que bem remete as leituras do  gibis da Turma da Mônica daquelas em formatinho.  As cores com toques bem neutros aplicados no computador. Todos bem desenhados pelo José Veríssimo, na parte do roteiro, melhor dizendo, dos roteiros, já que a edição traz diferentes histórias ambientado em diferentes e variadas situações com muito bom humor que traz um reflexo muito curioso das nossas situações  rotineiras representado na figura da simpática velhinha que dá título a obra ele contou com a colaboração de sua filha Ju Veríssimo que também colaborou na parte da diagramação e das cores e na concepção da capa. O José Veríssimo criou a personagem primeiramente para a internet livremente inspirada na sua mãe que nos transmiti uma sensação muito curiosa de fácil identificação  de como se ela fosse a típica avó que cada um de nós tem, ou tinha dependendo se você já não tem mais viva neste plano físico. 


 










Autografo personalizado do José Veríssimo na edição que adquiri no Saga 2.0

Cada uma das 130 histórias contidas na edição, trazem em tom de humor em situações comuns do dia a dia a personagem fazendo criticas ácidas com o mundo da  modernidade, ao cenário político do Brasil, e as vezes tira sarro com a própria obra, entre muitas obras criticas apresentadas,  principalmente quando entra em conflitos de geração com sua neta adolescente, que na obra não tem um nome próprio, é chamado por ela apenas de Netinha, e suas amizades com seres muitos exóticos como a Morte aqui representada na típica figura do ser encapuzado com máscara de Jason do filme “Sexta-feira 13”, com uma foice, e com o Etezinho estranhando o estilo de vida dos humanos, também com teor  ácido nos diálogos, mas sem precisar ser muito vulgar, apresentar umas sutilezas mais refinadas.
Para finalizar a minha resenha critica desta edição, que foi publicada pelo próprio Veríssimo com seu selo Pinguins Calientes, impresso em papel offset 90 g/m2, pela Impressão Gráfica e Editora. Outros fatos curiosos a falar sobre a edição, é que atrás na contracapa temos dois textos com ótimos  comentários  críticos sobre Marieta, uma é da roteirista e colaboradora do Universo HQ Milena Azevedo e o outro  do jornalista, roteirista e idealizador audiovisual Henrique Arruda. Aqui uma reprodução desses comentários:


“Feita a quatro mãos por pai e filha, Marieta resgata s bem humoradas criticas de costumes das tiras de família do inicio do séc.XX, dando ênfase a um peculiar choque de gerações, onde uma vovó ora comete gafes, ora dá alta lições de vida ao tentar ser tão antenada quanto a sua netinha”.
Milena Azevedo.

“Como bem sabemos a união faz a força, e entre pai e filha também faz quadrinhos. Vida longa a vovó mais carismática do universo da HQ Potiguar. Na internet ou nas páginas de um livro “Marieta”(e sua turma” sempre será fonte de diversão para toda a família, e uma ótima leitura para os jovens. Que mais personagens e aventuras possam surgir desses dois Veríssimo”.
Henrique Arruda. 


Além disso, esta edição também traz um ótimo prefácio do jornalista e professo do Departamento de Letras da UNFESP(Universidade Federal de São Paulo) Paulo Ramos que traz um pouco da introdução explicativa do que se trata a obra em si. Também apresenta como conteúdo extra, principalmente após a página 84 finalizar trazendo os próprios autores interagindo com o público quebrando a quarta parede se despedindo dos leitores. Em breve temos a própria Marieta e a Netinha saindo de uma folha para se despedirem da gente. Temos então seis páginas trazendo a Marieta desenhada pelas mãos diferentes artistas como Analu Medeiros, Geraldo Borges , Gilvan Lira, do próprio José Veríssimo e sua filha, Márcio Coelho, Nelson Falcão, Rodrigo Brum, Saulo Daniel, Victor Estivador, Wanderline Freitas, Wendell Cavalcanti e Williandi Albuquerque. Com agradecimentos dos apoiadores e com uma tirinha extra da Marieta usada para a campanha coletiva do Cartase.
Para finalizar recomendo e você leitor, que ficou interessado em adquirir  esta obra, existem duas formas de poder adquirir uma delas  é indo na HQZ, a nova loja de quadrinho do Marcos Guerra, antigo proprietário da K-Ótica, localizado na Salgado Filho, em frente ao Shopping Midway Mall. Eu estive presente lá quando foi inaugurado no último sábado de novembro e vi algumas edições de Marieta disponíveis a venda.
Outra forma de também poder adquirir é por  meio do próprio José Veríssimo no contato via facebook na página da Marieta que vou deixar aqui em baixo





sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

RESENHA DE PARSIFAL PARTE 2



Há um mês, comprei diretamente do Alexsandro Alves que veio aqui em minha casa trazer o segundo  dos sete volumes de sua HQ Parsifal. Eu já tinha feito uma breve  resenha deste  volume aqui no blog  que adquiri durante o lançamento que houve na antiga K-Ótica. Deixo aqui o link do texto  para conferirem:

Neste segundo volume de Pasifal, acompanhamos então a sequencia dos acontecimentos do volume anterior. Enquanto que no volume 1, o enredo era pura viajada total com muitos  toques de escapismo no  cenário de fantasia que se passava em uma dimensão cósmica.

 















Mostrando o Anjo Morôni em conflito com diferentes divindades de povos antigos como gregos, egípcios,  vikings entre outros. Motivados pelo inconformismo com que os habitantes da Terra estavam vivendo, então é promovido um tribunal cósmico para julgar os atuais governantes centrais pela bagunça que está acontecendo na Terra.  Morôni resolve descer para ir atrás de um ser terreno, é então que ele cai na rua da zona norte de Natal em uma noite chuvosa onde se depara  com Francisco, que foi nesse ponto que a trama do primeiro Parsifal  se encerrou com Morôni ao supreendentemente se dirigir para Francisco para dizer  que “Deus tem uma obra para tua vida!”. Francisco espantado pergunta  assim: “Que lombra é essa?”.
Neste segundo Parsifal somos apresentado ao desenvolvimento e a profundidade  da saga de Morôni levando Francisco para a dimensão cósmica e ser apresentado ao conselhos da divindades no Reino Celestial  para assumir uma importante missão que é se transformar num ser com  poderes sobre-humanos denominado de Parsifal, enquanto que  em paralelo somos apresentados ao drama da jovem Catarina relatando  suas experiências traumáticas da infância onde consequentemente a levaram ao abismo de fazer um pacto diabólico com Lúcifer para virar uma ameaçadora entidade do mal.
Como bem o próprio Alexsandro Alves me garantiu quando veio pessoalmente em minha casa entregar a segunda parte da HQ de Parsifal,  o arco aqui apresentado carrega  um tom mais realista, com relação ao primeiro volume, ainda que mantendo os toques de escapismo, com muitas pitadas de licenças poéticas. Principalmente ao explorar profundamente o drama de Catarina, uma mulher que sempre desde a infância viveu uma vida sofrível ao ser abusada e estuprada pelo pai. Que a fizeram engravidar. A presença  dramática dela no arco da trama, torna o teor  deste volume bem mais barra pesada do que em relação ao primeiro. Portanto, não acho muito recomendável para você que não tem nervos de aço e é muito sensível, ler esta hq, principalmente por conter uma  cena pesada onde ela resolve tirar a vida dos  seus bebês gêmeos que era fruto de um estrupo que ela sofreu  do pai.
Agora se você tem nervos de aço e gosta desta leitura de HQ e já tem adquirido a primeira parte da saga, eu recomendo  a leitura com certeza. Mesmo apresentando toques de escapismo, a trama desta HQ, traz uma abordagem bastante crua e densa de nossa contemporaneidade. Com roteiro muito bem escrito  pelo Alexsandro Alves, com arte do Antonieto Pereira tanto na capa quanto nas ilustrações em preto e branco que trazem uma boa identidade visual a abordagem fria e insana da obra. Com produção em Papel A3 laminado na capa, com miolo A3  e formato magazine em 23 x 27 cm. Para saber como adquirir esta sequencia de Parsifal, por enquanto  só mesmo através do próprio Alexsandro de quem vou deixar o link do face dele  no final deste texto para você contato diretamente a ele e encomendar com ele.  O valor cobrado é de 10,00 R$, um preço bem acessível visto que esta é uma publicação de acabamento simples. Para terminar eu dou como apelo de  vamos dar uma forcinha para que ele consiga concluir até a sétima e última história da saga de Parsifal.
CONTATO DE ALEXSANDRO ALVES PELO FACEBOOK: