sábado, 10 de dezembro de 2016

RESENHA DA HQ MARIETA VOLUME 1



2016 foi um importante ano para mim nas leituras de Hqs, onde tive o privilegio de ler muitas produções de autores potiguares.  Isto desde que fui prestigiar uns lançamentos na antiga K-Ótica. E fui ao evento do Saga 2.0 ocorrido em Outubro onde adquiri a edição da qual estou  aqui descrevendo que é “Marieta-Volume 1”. Uma produção  que é fruto da  parceria de pai e filha, no caso do José Veríssimo e da Ju Veríssimo.  Graças ao  financiamento coletivo do Cartase. 

 











De todas as edições da HQ dos autores potiguares que comprei e pude  ler ao longo desse ano de 2016, Marieta  carrega muitos diferenciais, a primeira de cara está no  formato do seu encadernado de  25,5 cm x 17,5 cm, pela informação que colhe com o próprio autor ele publicou esta edição num formato  que não tem um nome especifico,  mas que não é comum para publicação de livros. Ele também comentou que adotou desta forma com o intuito de valorizar a diagramação das tirinhas apresentadas na obra, bem diferente do formato, por exemplo, de Lampião na Terra dos Santos Valentes do trio Marcos Guerra, Marcos Garcia e Carlos Alberto que era em um formato maior parecendo o formato americano de luxo. Aproveitando que já entrei no assunto, as tirinhas são outros diferenciais  com relação as outras edições de autores potiguares  que li em 2016. Enquanto que,  por exemplo, Lampião na Terra dos Santos Valentes apresentava um arco bem fechado  com a abordagem de uma trama que reconstituía o temido evento da Invasão de Lampião e seu bando ao município de Mossoró em 1927.  




 









 Eu fantasiado de Batman  no Saga 2.0 recebendo das mãos do José Veríssimo a edição de Marieta Volume 1.


Aqui em Marieta é completamente o contrário, são 130 histórias com cada tirinha apresentando uma situação peculiar ao longo de 106 páginas da edição. Com lombada quadrada e em capa cartonada. Mas o principal diferencial que Marieta apresenta com relação as outras edições de quadrinistas potiguares que li ao longo desse ano é o fato das ilustrações serem coloridas, característica que tanto em Lampião na Terra dos Santos Valentes e Quando os anjo queimaram de autoria do trio Marcos G  uerra, Marcos Garcia e Carlos Alberto, quanto Parsifal 1 e 2 do Alexsandro Alves e Antonieto Pereira onde  as ilustrações não eram coloridas, os traços ficavam em preto e branco. Uma das razões para isto envolvem os custos altíssimos na edição, que por outro lado eram importante para a identidade visual da obra. No caso de Marieta, as cores aqui apresentadas conseguem servir como uma boa identidade visual  para o traço cartunesco adotado pelo autor que bem remete as leituras do  gibis da Turma da Mônica daquelas em formatinho.  As cores com toques bem neutros aplicados no computador. Todos bem desenhados pelo José Veríssimo, na parte do roteiro, melhor dizendo, dos roteiros, já que a edição traz diferentes histórias ambientado em diferentes e variadas situações com muito bom humor que traz um reflexo muito curioso das nossas situações  rotineiras representado na figura da simpática velhinha que dá título a obra ele contou com a colaboração de sua filha Ju Veríssimo que também colaborou na parte da diagramação e das cores e na concepção da capa. O José Veríssimo criou a personagem primeiramente para a internet livremente inspirada na sua mãe que nos transmiti uma sensação muito curiosa de fácil identificação  de como se ela fosse a típica avó que cada um de nós tem, ou tinha dependendo se você já não tem mais viva neste plano físico. 


 










Autografo personalizado do José Veríssimo na edição que adquiri no Saga 2.0

Cada uma das 130 histórias contidas na edição, trazem em tom de humor em situações comuns do dia a dia a personagem fazendo criticas ácidas com o mundo da  modernidade, ao cenário político do Brasil, e as vezes tira sarro com a própria obra, entre muitas obras criticas apresentadas,  principalmente quando entra em conflitos de geração com sua neta adolescente, que na obra não tem um nome próprio, é chamado por ela apenas de Netinha, e suas amizades com seres muitos exóticos como a Morte aqui representada na típica figura do ser encapuzado com máscara de Jason do filme “Sexta-feira 13”, com uma foice, e com o Etezinho estranhando o estilo de vida dos humanos, também com teor  ácido nos diálogos, mas sem precisar ser muito vulgar, apresentar umas sutilezas mais refinadas.
Para finalizar a minha resenha critica desta edição, que foi publicada pelo próprio Veríssimo com seu selo Pinguins Calientes, impresso em papel offset 90 g/m2, pela Impressão Gráfica e Editora. Outros fatos curiosos a falar sobre a edição, é que atrás na contracapa temos dois textos com ótimos  comentários  críticos sobre Marieta, uma é da roteirista e colaboradora do Universo HQ Milena Azevedo e o outro  do jornalista, roteirista e idealizador audiovisual Henrique Arruda. Aqui uma reprodução desses comentários:


“Feita a quatro mãos por pai e filha, Marieta resgata s bem humoradas criticas de costumes das tiras de família do inicio do séc.XX, dando ênfase a um peculiar choque de gerações, onde uma vovó ora comete gafes, ora dá alta lições de vida ao tentar ser tão antenada quanto a sua netinha”.
Milena Azevedo.

“Como bem sabemos a união faz a força, e entre pai e filha também faz quadrinhos. Vida longa a vovó mais carismática do universo da HQ Potiguar. Na internet ou nas páginas de um livro “Marieta”(e sua turma” sempre será fonte de diversão para toda a família, e uma ótima leitura para os jovens. Que mais personagens e aventuras possam surgir desses dois Veríssimo”.
Henrique Arruda. 


Além disso, esta edição também traz um ótimo prefácio do jornalista e professo do Departamento de Letras da UNFESP(Universidade Federal de São Paulo) Paulo Ramos que traz um pouco da introdução explicativa do que se trata a obra em si. Também apresenta como conteúdo extra, principalmente após a página 84 finalizar trazendo os próprios autores interagindo com o público quebrando a quarta parede se despedindo dos leitores. Em breve temos a própria Marieta e a Netinha saindo de uma folha para se despedirem da gente. Temos então seis páginas trazendo a Marieta desenhada pelas mãos diferentes artistas como Analu Medeiros, Geraldo Borges , Gilvan Lira, do próprio José Veríssimo e sua filha, Márcio Coelho, Nelson Falcão, Rodrigo Brum, Saulo Daniel, Victor Estivador, Wanderline Freitas, Wendell Cavalcanti e Williandi Albuquerque. Com agradecimentos dos apoiadores e com uma tirinha extra da Marieta usada para a campanha coletiva do Cartase.
Para finalizar recomendo e você leitor, que ficou interessado em adquirir  esta obra, existem duas formas de poder adquirir uma delas  é indo na HQZ, a nova loja de quadrinho do Marcos Guerra, antigo proprietário da K-Ótica, localizado na Salgado Filho, em frente ao Shopping Midway Mall. Eu estive presente lá quando foi inaugurado no último sábado de novembro e vi algumas edições de Marieta disponíveis a venda.
Outra forma de também poder adquirir é por  meio do próprio José Veríssimo no contato via facebook na página da Marieta que vou deixar aqui em baixo





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