terça-feira, 16 de maio de 2017

RESENHA DO LIVRO ANGUS-O PRIMEIRO GUERREIRO



Ao saber que recentemente Angus- O Primeiro Guerreiro ganhou uma nova edição desta vez pela editora Novo Conceito. Compartilho com vocês esta preciosidade, este tesouro que tenho guardado até hoje, essa relíquia que é a primeira publicação de Angus lançada em 2003 pela Editora Arxjovem que ganhei de um amigo. 



 












Uma obra fantástica para quem gosta de romance histórico com uma pegada de novela de cavalaria com lendas medievais, mitos dos heróis bárbaros, épicos de batalhas, espada, armadura, arco e flecha com toques de escapismo fantástico, magia com uma pegada de Conan mesclado a Senhor dos Anéis e Game of Thrones. Com excelentes ilustrações feitas pelo próprio autor da obra, o brasileiro Orlando Pães Filho. Falando no próprio autor, é curioso pensar que ele já sonhava em publicar este livro desde que era um adolescente de 16 anos em 1978. A espera de longos 25 anos para realizar esta obra compensou. O que posso descrever criticamente falando hoje sobre este romance é o seguinte. Ele pode não ser um exemplo perfeito de obra- prima literária que mereça levar um Prêmio Jabuti ou mesmo que seu autor vire um imortal da Academia Brasileira de Letras. Mesmo porque ele não tem uma formação literária de romancista. A formação dele é como desenhista de HQs. Uma coisa que o autor peca no romance é na construção narrativa dos arcos dramático na narrativa. Ele constrói uma narrativa ágil, porém sem muita carga dramática. Uma falha que pode ser compensada pelas ilustrações sensacionais que ele apresentou nesta primeira publicação de Angus-O Primeiro Guerreiro. Em cada página podemos apreciar a incrível habilidade do traço e das paletas de cores que ele mesmo construiu para este primeiro livro com muita perfeição que a tornam impecável com um aspecto bem quadrinesco. Ele faz uma descrição histórica de cada hábito, de cada costume das antigas civilizações das aldeias escocesas no período medieval e sua convivência viking. E mostrando muito do surgimento cristão, com a influência do monge Nennius. Com muita precisão, ainda que o livro não seja um bom exemplo didático acadêmico para se estudar a civilização Bárbara desse tempo.
Como qualquer obra de ficção, o autor também se utilizou de algumas liberdades criativas, licenças poéticas, que pode ser bem observado pelos próprios desenhos que criam representações bem caricatas, estereotipadas e inverossímeis a como de fato era o estilo de vida rústico e pagão da Escócia pré - medieval. Como por exemplo  a estética do Angus sendo representado como um sujeito todo marombado parecendo uma junção de He-Man com Conan. Ou mesmo alguns designs de armaduras, de espadas, alguns adereços que foram construídos pelo folclore do movimento romancista do século 19 como o elmo com chifres, os figurinos maltrapilhos entre outros detalhes que para um nerd que gosta de apreciar e se deliciar por este por este tipo de literatura talvez nem sequer repare. Mesmo assim vale a pena ser lido.

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