sexta-feira, 16 de outubro de 2020

FUROS DE ROTEIRO NA FRANQUIA X MEN

 



Olá Grandes Super-Heróis, nesse vídeo comentarei sobre os furos de roteiro que a longa franquia de X-Men apresentou ao longos dos seus vinte anos de cinema.

domingo, 13 de setembro de 2020

COVID 19 DERROTANDO OS HERÓIS

 



Olá Grandes Super-Heróis, nesse vídeo comentarei sobre as notícias não muito animadoras a respeito do universo cinematográfico tanto da Marvel quanto da DC que saíram essa semana.



quarta-feira, 12 de agosto de 2020

20 ANOS DO PRIMEIRO X MEN O FILME (2000)

 


Olá Grandes Super-Heróis, neste vídeo especial será dedicado aos 20 anos de X-Men-O Filme(EUA, 2000). O Primeiro filme da franquia mutante lançado pela FOX. Será que olhando hoje duas décadas depois, essa obra envelheceu bem?

terça-feira, 4 de agosto de 2020

O TRISTE FIM DE CHAVES NO BRASIL

Recentemente o mundo inteiro que costumava se divertir com as trapalhadas de Chaves na TV, ficou revoltado e entristecido quando a veiculação dele pela televisão foi suspensa devido a uma complexa batalha jurídica que envolve a questão dos direitos autorais entre duas empresas do México que são cada uma detentora de um copyright diferente da série.




De um lado existe o Grupo Chespirito que é detentora dos direitos dos textos, e do outro a emissora Televisa, responsável pela produção da série  que é detentora dos direitos de imagem. Por causa desse impasse, isso acabou afetando a exibição da série a nível mundial, inclusive aqui no Brasil que era exibido há mais trinta anos pelo SBT, emissora de propriedade do apresentador Silvio Santos teve de tirar em virtude disso. Isso não só afetou ao SBT, mas também no canal pago do Multishow das Organizações Globo e no serviço de streaming da Amazon Prime.

Pessoalmente, já faz tempo que não tenho assistido a Chaves no SBT como antigamente eu fazia quando criança quando não me desgrudava da TV. Mas ainda valorizo muito.

É um programa que aqui no Brasil  se confunde muito com a história do próprio SBT, que desde que ele surgiu no começo dos anos 1980, depois que Silvio Santos adquiriu a concessão do governo que foi  da extinta TV Tupi, a pioneira que teve o seu fatídico fim em Julho de 1980. Em Agosto de 1981, Silvio inaugurou sua emissora inicialmente batizada de TVS, logicamente uma referência ao próprio dono. Que depois modificou para SBT, sigla de Sistema Brasileiro de Televisão. Silvio sempre quis explorar desde o inicio na grade de programação, o apelo bem popularesco voltados  as classes C,  D, E, F dentre outras mais baixas que se utilizam de alguma letra do nosso alfabeto.

Foi por ter essa pegada que Silvio no inicio investia pouco na produção de teledramaturgia, incialmente preenchia comprando alguns produtos exportados para serem exibidos na grade de sua emissora. Foi nessa época que ele começou a comprar os primeiros lotes produções exportadas do México, trazendo as novelas mexicanas. E nesse lote junto veio Chaves. Que estreou no Brasil em 1984.

Segundo Arlindo Silva, jornalista que faleceu em 2011, que foi  assessor de imprensa de  Silvio Santos, acompanhando o surgimento do SBT e é autor da sua biografia A Fantástica História de Silvio Santos publicada no ano 2000 pela EB Editora. Revelou em um capítulo sobre quando ele  acompanhou os bastidores da compra de Chaves na época e de como Silvio Santos estava receoso de que aquela produção não valeria muito o investimento. Inclusive ele até comenta no livro que a sua primeira impressão sobre não levar muita fé no sucesso do programa por acha-lo muito pobre, com uma cenografia muito tosca e com um aspecto sujo.  Como ele mesmo  bem descreve  neste trecho do livro:

“Quando tudo ficou pronto, Silvio me perguntou o que eu estava achando do seriado. Respondi que se tratava de um produto barato, sem qualidades em termos de televisão atual, que pecava pela iluminação, pecava nas cores, sempre muito fortes; enfim, percebia-se que o cenário simples da vila era de papelão. Mas comentei que preferia ver minha filha de quatro anos assistindo a esse humor puro, de circo, como o que eu assistia no Piolim, ao humor que víamos nos Trapalhões, impregnado de erotismo desnecessário. Contei a Silvio que enviara cópias  de alguns capítulos aos diretores de programas do SBT para opinarem, e todos tinham considerado o seriado uma droga, uma porcaria. Foi ai que Silvio determinou que se preparasse cinco capítulo para colocar no ar como experiência. Isso aconteceu em 1984.

Na verdade, ninguém acreditava que Chaves pudesse emplacar. Todos achavam aquilo um seriado brega, mal feito, uma coisa sem graça. A realidade, porém, é que ao longo de 16 anos, Chaves continua um sucesso de audiência, em qualquer horário em que seja exibido. Além disso, o seriado foi motivo de teses sobre a televisão para a infância em universidades”.

Parece que o tempo provou que o receio dele estava errado, o seriado permaneceu longos anos no ar por muito tempo e atraiu uma legião de fãs das mais diferentes idades, com muito fãs clubes espalhados por todo o Brasil e também no mundo todo.

Talvez uma das razões que faz  com o humor de Chaves  continuar  engraçado como antes e nunca envelheça está  no fato de que a sua trama bastante simplória ambientado num lugar muito pobre, sujo como é a vila, numa cenografia de papelão  tosca de péssima qualidade e em conjunto dos figurinos bregas dos personagens. Está justamente na maneira como os personagens, em especial os moradores da vila  representam de forma lúdica e critica a realidade de uma comunidade   que é universal e  pode existir tipos como eles em qualquer lugar, onde ali cada um transmite os seus valores usando de uma estética cômica inspirada na teatralização física, com diálogos cheios de frases de efeitos, e com muitos toques e elementos de humor inspirado nas comédias shakespearianas e no cinema chapliniano.

O programa surgiu primeiramente como esquete dos programas do Chespirito, como é popularmente conhecido no México, o criador e interprete do Chaves  Roberto Gómez Bolaños (1929-2014), que no idioma hispânico local significa Pequeno Shakespeare, devido a sua baixa estatura e sempre comparavam a sua genialidade a do grande literário William Shakespeare(1564-1616).

Batizou de El Chavo Del Ocho  que significa numa tradução literal O Garoto/Moleque  do Oito, uma referência ao canal original exibido no México. Quando foi comprado pela Televisa que passou a exibir em 1971, eles para justificar tiveram de colocar na história que Chaves vivia na casa de número 8 de uma senhora que nunca deu as caras na série.

No Brasil, a versão do primeiro lote dublada pela extinta empresa de dublagem MAGA, então de propriedade do primeiro  dublador do Chaves, o já falecido  Marcelo Gastaldi(1944-1995) o nome original foi modificado de  Chavo para Chaves, já que como no original soava como uma gíria hispânica usada no México para se referir a moleque, garoto, isto porque ninguém na vila sabia o seu nome verdadeiro, já que ele nunca mencionava. Então o nome foi modificado para ficar mais fácil as crianças de pronunciarem. Do mesmo jeito que Don Ramon interpretado por Ramon Valdez(1923-1988) foi modificado para Seu Madruga e sua filha Chilidrina vivida por Maria Antonieta De Las Nieves foi modificado para Chiquinha. O resto foi mantido.

O enredo do  programa conta a história  de uma vila pobre que é habitada por moradores um tanto quanto excêntricos. Como o pobre menino órfão Chaves(Roberto Gómez Bolaños) que vive esfomeado com desejo de comer  um sanduiche de presunto. O Seu Madruga(Ramon Valdez), um viúvo desempregado que vive fazendo bicos e cuida de única sua filha peralta Chiquinha(Maria Antonieta de La Nieves) e a dondoca da Dona Florinda(Florinda Meza), uma senhora também viúva que cuida e mima demais seu filho único Quico(Carlos Villagrán). Lá também moram a Dona Clotide(Angelines Fernadez) chamada de Bruxa do 71, numa clara referência a data de estreia da série que foi em 1971 e recebem as visitas constantes do Senhor Barriga(Edgar Vivar), o dono da vila, que vive constantemente aparecendo por lá para  cobrar  o aluguel, que perde a paciência com Seu Madruga que de todos os inquilinos da vila é o que mais atrasa devendo 14 meses e quando com este é com o Chaves que vive lhe dando pancadas quando ele aparece e o Professor Girafales(Ruben Aguirre) um homem sedutor canastrão,  que vive cantando a Dona Florinda tomando sempre umas xícaras de café em sua casa.  Outro aspecto que também pode ajudar a explicar a razão do porquê de Chaves ser um fenômeno que nunca envelhece e continuar  é na forma atemporal como alguns personagens da vila são representados como as crianças principalmente do contexto mais real de viverem uma infância alegre num lugar muito sofrido. O Chaves é o que mais simboliza como uma crítica social dos muitos garotos órfãos que vivem uma infância abandonada sem muita  perspectiva de futuro. É o que muita gente, principalmente as crianças mais se identificam com ele porque ele sempre mantem  um pouco da essência ingênua e procura esquecer a sua realidade sofrível, ele não mora no barril, ele apenas usa como refúgio.  Já o Quico  e a Chiquinha  refletem  bem em comum  a realidade de pertencerem a lares familiares muito desajustados e adquirindo comportamentos desregrados onde Quico,  órfão de pai, sendo criado só por sua mãe Florinda, uma dondoca sempre mau humorada  que vive mimando e superprotegendo-o o que faz ele viver sempre agindo como um garoto e até invejoso. E a Chiquinha, a espertinha e cheia de malicia  reflete bem o fato de ser órfã de mãe e sendo criado pelo pai Seu Madruga, um sujeito que vive fazendo bicos e se enrolado no aluguel.   A representatividade deles como órfão segue bem a fórmula campbeliana da jornada do herói. Tá ainda que Chaves não uma trama de super-herói. Mas mesmo assim muitas crianças se divertem  com e ele e se identificam com o  seu   drama. Que é a que mais reflete um caráter intimista que o seu criador imprimiu na obra, já que o  próprio passou por um  drama  pessoal difícil de ter crescido com um pai ausente e sua mãe havia morrido antes do personagem surgir e estourar e virar um fenômeno ela não testemunhou o sucesso dessas duas obras.    Apesar de parecer estranho ver num programa desses crianças sendo representando por adultos. Gerando a brincadeira de em qualquer obra que se veja adultos com idades incompatíveis para representar crianças ou adolescentes como Efeito Chaves, ainda assim a representação deles foi incrível unindo bem direção e texto.  Chaves  era representado pelo próprio  Bolaños que estava com 41 anos quando começou a representar o Chaves a partir de 1970 numa esquete do seu programa de humor antes dele ganhar um programa posteriormente. Além do Chaves ser representado por um adulto, também tinha o Kiko que foi representado pelo Carlos Villagrán que estava na época com 26 anos quando começou a representar o personagem no programa. Já a Chiquinha foi representada por Maria Antonieta de Las Nieves, que apesar da baixa estatura e por ser a caçulinha da trupe estava com 20 anos quando começou a representar a personagem no programa.  Não só isso acontecia com a crianças principais da vila. Mas também em relação as crianças que apareciam esporadicamente como Godinez que costumava aparecer nas aulas do Professor Girafales foi interpretado por Horácio Gómez Bolaños(1930-1999), irmão do Chespirito que estava 40 anos quando representou este papel. O NhoNho o filho do Senhor Barriga, o cobrador do aluguel da vila foi representado por Edgar Vivar, o mesmo que também fazia o Senhor Barriga e ela já estava com 20 anos quando representou o papel. E o mais bizarro era  Popis, prima do  Quico  foi representada pela Florinda Meza, a mesma  que fazia a Dona Florinda que estava 21 anos quando começou a representar o papel. Mais bizarro que isso tudo era o fato de que ela tinha uma diferença pequena de idade com relação a Villagrán que fazia o Quico, filho  da Dona Florinda  sendo que ela era cinco anos mais nova do que ele. E era vinte anos mais nova do que Bolaños que representava o Chaves com quem viveu uma longa história de amor que durou 36 anos numa união estável, que foi somente em 2004 que eles resolveram oficializar a união com ela para que ela pudesse ter os mesmo direitos a sua herança com seus seis filhos fruto de sua união anterior. Mas  ela não teve  filhos com ele. A sua união com Chespirito  durou até ele falecer 10 anos depois no dia 28 de Novembro de 2014. Analisando dessa forma dá para se colocar que essa falsa representação das crianças por adultos tornava a estética do programa  ainda mais kitsch se a gente juntar a qualidade  cenográfica  tosca de papelão  e suja da vila e os figurinos cafonas dos personagens.

Apesar da péssima qualidade de produção, o que tem feito a obra ganhar a dimensão que perdura por gerações e envelhecer bem  está justamente na fórmula da  sua estética tradicional de humor circense, galhofa, com elementos teatrais de comédia pastelão. Cheio de muito apelo de humor físico com frases de efeitos e piadas de bordão. O que provoca uma risada fácil no espectador e ele continua com o efeito engraçado de antes.

Se a gente for comparar a outros programas de humor, como do Casseta & Planeta, que eu cresci apesar de não ser apropriado para crianças, mas enfim,  a estética cômica dessa trupe  seguia o tom paródico inspirado nos fatos cotidianos que ocorriam pelo Brasil e no Mundo com pegada no jornalismo e por seguir esse formato paródico com toques  jornalísticos, é um humor que se a gente for ver hoje envelheceram super mal por ficarem datados. Do mesmo modo como ocorre no humor das charges impressas nas tiras dos jornais.  O mesmo não pode ser dito com relação a Chaves que não fica datado nunca.

Por isso, só o que nos resta é torcer para que tudo se resolva logo.

 

 

 


terça-feira, 28 de julho de 2020

POR QUÊ O HULK NO MCU NÃO TEM FILME SOLO?

 




"Olá Grandes Super-Heróis nesse vídeo trago debato aqui sobre o porquê e as razões que fazem com o famoso Gigante Esmeralda Hulk não tenha filme solo dentro do MCU? Baseado no minha recente ao assistir dois filmes do Verdão. Que foram Hulk(EUA,2003) e a animação do Planeta Hulk(Planet Hulk, EUA, 2010). "

quinta-feira, 16 de julho de 2020

5 RAZÕES PARA OS FILMES DO BATMAN DE JOEL SCHUMACHER SEREM TÃO ODIADOS?


No mês passado, Batman Eternamente (Batman Forever, EUA, 1995), completou 25 anos do seu lançamento. Filme dirigido por Joel Schumacher. Que não por acaso faleceu no dia 22 de Junho, aos 80 anos após enfrentar uma batalha contra o câncer. 



Ele que já estava  há anos aposentado do cinema. Carrega no currículo filmo gráfico trabalhos excelentes. Mas ficou bastante estigmatizado por ter dirigido dois filmes do mais icônico herói da DC, o Batman. Cujos resultados ficaram tão péssimos que até hoje se tornaram umas unanimidades de ruins. Mas por quê será? Após revisitar os dois filmes do Morcegão  que ele dirigiu que foi Batman Eternamente  e Batman & Robin (EUA, 1997). Ao conferir fiz umas anotações e cheguei a umas  5 razões que podem explicar bem isso. Deixar claro que pessoalmente eu gosto desses filmes, a minha análise é completamente isenta. Deixarei de lado a minha paixão de fã. E vou analisar pelo lado técnico cinematográfico. E que seja visto como uma homenagem ao diretor.  Dito isso bora para as razões deles serem tão odiados.


RAZÃO Nº1
MUDANÇAS DE TOM







Quando Joel Schumacher foi contratado pela Warner para dirigir este terceiro capitulo da franquia clássica do Batman, ele teve o duro desafio de pegar um universo que já estava bem estabelecido pelo Tim Burton. Que já havia dirigido Batman(EUA, 1989) e Batman-O Retorno( Batman Returns, EUA, 1992). Com sua peculiar estética gótica inspirado no cinema expressionista alemão, com uma fotografia mais escura, explorando uma panorâmica soturna  urbana com toques   noir de uma  Gotham Citty poluída e imprimindo um pouco  da sua excentricidade como é característico das suas obras. Tim Burton tinha pensado em concluir sua  participação no projeto da franquia com uma trilogia. Acontece que ele precisou abandonar pela razão de como ele declarou posteriormente foi porque a rede de fast food McDonald´s, patrocinadora do filme e responsável pelo licenciamento estava com prejuízo na venda devido ao seu tom pesado. Burton ainda participou do filme, mas apenas como produtor executivo. Schumacher teve o desafio de trabalhar justamente num filme que fosse mais family friendly para atrair no aspecto comercial, coisa que ele não sabia como fazer. Já que no seu currículo de filmes que já dirigiu, incluía de teor adulto muito pesado. Ele partiu da ideia de se inspirar na pegada de humor da clássica série de TV de  1966, produzida por William Dozier(1908-1991), e também  pela Fox e estrelada por Adam West(1928-2017) como Batman com tom galhofa, satírico, nonsense, com uma estética extremamente colorida com tons bem berrantes inspirado na pop art e muito  camp. E cheios de elementos cartunescos. Essa referência fica bem evidente na caracterização do Charada(Jim Carrey) cujo tom caracterização vestido  de collant verde com os símbolos da interrogação e com uma máscara cobrindo os olhos remete demais ao modelo usado pelo vilão na série clássica onde foi interpretado por Frank Gorshin(1933-1997) e por John Astin. Se ele partiu dessa premissa de trazer um tom leve e divertido pensando na parte comercial do licenciamento de brinquedos. Nisso ele conseguiu cumprir bem. Tanto que dirigiu posteriormente  B&R.  Porém, nota-se como o diretor errou demais a mão com relação ao texto ao não seguir o ritmo da narrativa, principalmente nas muitas piadas colocadas aqui  muito jogadas sem timing, o que nota-se em alguns momentos o desconforto constrangedor  de parte do elenco com um texto muito abobalhado e com um trabalho muito mal  desenvolvido de construção de personalidade dos personagens. E a própria narrativa ir se perdendo do fio do seu novelo. Me faz lembrar que quando eu vi esse filme no cinema, na época em que foi lançado eu estava com 12 anos e me lembro que vi legendado uma cena  do Robin fazendo uma manobra radical, onde ele diz Kawabanga, que é uma referência ao bordão das Tartarugas Ninjas e na legenda da cena alguém da tradução, posso até estar enganado, mas  colocou “Ah!, eu tô maluco”. Numa referência a uma popular canção que era bastante tocadas nas rádios aqui do Brasil. Para provar o quão nonsene e até datado que essas obras ficaram.




RAZÃO Nº2
ESTÉTICA KITSCH


























Essa mudança de tom visual que Schumacher modificou ao assumir o duro desafio de dirigir esses dois filmes de Batman, de transformar a atmosfera da  Gotham soturna, sombria, suja,  impresso  pelos filmes do Tim Burton numa cidade mais agradavelmente colorida com inspiração na clássica série de TV dos anos 1960. Também é outro  ponto que pecou demais e onde ele errou a mão demais na hora de pincelar. Batmóvel piscando luzes parecendo um carro alegórico, as caracterizações ridículas dos vilões ficando muito carnavalescos, o Duas-Caras(Tommy Lee Jones) de Batman Eternamente ficou  mais parecendo  uma ridícula caricatura cartunesca,  isso sem falar no design das suas  duas assistentes Sugar(Drew Barrymore) e Spice(Debi Mazar) vestindo uns  decote muito sexualizado, ficaram mais parecendo uns estereótipos  de objetificação da fantasia erótica masculina, tipo umas strippers fazendo umas apresentações burlescas em apresentações de    cabarés. Isso sem falar nos capangas com capuz, parecendo versões toscas de  ninjas. Pior é a caracterização do Mr. Freeze cuja textura da tinta azul na pele do Schwarzenegger fez ele parecer um quase cospobre do Blue Man Group cujos efeitos de brilho o deixam parecer uma animação mal feita em computação gráfica em 3D que fazem ele mais parecer uma versão cartunesca de videogame de SuperNintendo e com aquele design ridículo da armadura robotizada do personagem, ficou tosco demais, quase um estereotipo de traje futurista. Resumindo, tudo isso fez a obra ficar com um tom estético muito kitsch, de tão brega que ficou no aspecto visual. Principalmente quando se olha na caracterização extravagante e espalhafatosa da Hera Venenosa e numas cenas dos becos de Gotham mostrando uma gang de motoqueiros todas pintada parecendo que estão numa festa a fantasia. Enfim. Uma verdadeira vergonha alheia de ver.



RAZÃO Nº4
PÉSSIMAS ATUAÇÕES



Ainda pior do que o roteiro com piadas foras de timming e os designs de produção com fotografia cheia de cores berrantes, com figurinos espalhafatosos onde tudo isso já criava  uma atmosfera brega. A coisa fica ainda pior  quando você analisa as péssimas atuações em relação a escolha de elenco que Schumacher tomou para estes dois filmes da franquia do Batman que ele dirigiu. E olhe que ele escolheu nomes de pesos, muitos star talents. Mas mesmo assim não foram suficientes para sustentar as tramas com um texto muito abobalhado, a um nível bastante infantiloide. Isto se reflete, principalmente no desfalque do protagonista. Inicialmente Schumacher queria manter Michael Keaton como protagonista. Mas como ele se mostrou bastante inconformado com as mudanças de rumos, declinou do projeto e então ele escalou Val Kilmer para ser o protagonista. Um excelente ator, mas com uma personalidade problemática. Além da dor de cabeça com Val Kilmer que deu muitos pitis nos bastidores, Schumacher também enfrentou uma enorme dor de cabeça com Jim Carrey e Tommy Lee Jones, os interpretes dos  antagonistas da obra Charada e Duas-Caras. Kilmer fez uma representação bastante apática do papel. O mesmo ocorre com Tommy Lee Jones que mostra um evidente desconforto no papel do Duas-Caras, principalmente na caracterização ridícula muito carnavalesca do personagem. E Jim Carrey, tipo até que ele se mostra bem à vontade no papel imprimindo os seus trejeitos e maneirismos de trabalhar no humor físico, porém, dá para se perceber o quanto que ele acaba colocando um tom  afetado demais no personagem a ponto da motivação mirabolante dele ser muito pífia para sustentar a trama. E o pior fica mesmo quando ele colocou George Clooney para substituir Val Kilme em Batman & Robin, onde este mostra um tremendo constrangimento em representar várias cenas  que dão vergonha alheia de ver. Enfim, mas de todos estes nada se compara ao quinto e último  intem dessa lista de razões onde este ai dá para ver que não dá mesmo para ver a dificuldade em defender  Joel Schumacher.



RAZÃO Nº5
MODIFICAÇÃO DA ORIGEM DA BATGIRL




De todos estes mostrados na lista, a pior ideia do que Joel Schumacher imprimiu na franquia foi na maneira como ele teve a “brilhante” e duvidosa ideia de ao inserir a Batgirl  em Batman & Robin, alterar sua origem. Em vez dele a apresentar na figura da Barbara Gordon, a filha do Comissário Gordon. Ele aqui  modificou a apresentando como Barbara Wilson, sobrinha do Alfred, o Mordomo de Bruce Wayne.  Talvez porque como a presença do Comissário Gordon foi tão mal explorada nesta franquia  desde o primeiro filme  dirigido por Tim Burton. Que aliás, vale mencionar que os únicos atores remanescentes de Tim Burton foram os que estiveram presentes nestas duas obras da franquia do Batman dirigida  por Joel Schumacher foram os que fizeram os idosos  Mordomo e o Comissário. Ambos já falecidos como  Michael Gough(1916-2011) na pele do Mordomo Alfred  e Pat Hingle(1924-2009) como o Comissário Gordon. Pior ainda do que ver o quanto que o diretor errou feio em modificar a origem da Batgirl e que dá enorme vergonha alheia de ver. Foi ver o quanto que o diretor não teve o mínimo de  pudor de explorar a hipersexualização ao  obejtificar a heroína com os closes anatômicos na cena dela vestindo o traje. O tom erotizado colocado na obra deixou parecendo estrelar um comercial de filme  privê, tornando muito bizarro ainda mais por ser ter sido pensado em atrair crianças para as compras dos brinquedos. Alicia Silverstone coitada, na época estava com a carreira em franco crescimento depois de estrelar produções voltadas para o nicho juvenil. Quando veio o convite para o papel nessa produção de alto orçamento, a carreira dela ficou completamente queimada. O que a deixou bastante traumatizada principalmente pelo traje desconfortável que ela usava em cena, fora o fato da crítica maldosa na época  achar que ela  estava um tanto gorda para representar um papel num filme daqueles. Isso resultou dela parar de vez na carreira. De vez em quando, ainda atua em pequenas participações nas produções de baixo orçamento.

Bom, no balanço geral, dá para se compreender as razões do porque que boa parte do público em geral, seja da critica especializada ou mesmo do fandom do Batman odiarem  estes dois filmes do herói dirigidos por Joel Schumacher. Mesmo assim que  aqui fique a homenagem a ele. Da maneira torta é claro.
R.I.P
JOEL SCHUMACHER
(1939-2020).

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

ANIMAC 2020 EM MACAÍBA RN

  







Olá Grandes Super-Heróis, no vídeo de hoje mostrarei um pouco da minha cobertura ao evento do Animac ocorrido em Macaíba/RN na quadra do Colégio Equipe nesse úlitmo domingo, 09 de Fevereiro de 2020.