"Olá Grandes Super-Heróis nesse vídeo trago debato aqui sobre o porquê e as razões que fazem com o famoso Gigante Esmeralda Hulk não tenha filme solo dentro do MCU? Baseado no minha recente ao assistir dois filmes do Verdão. Que foram Hulk(EUA,2003) e a animação do Planeta Hulk(Planet Hulk, EUA, 2010). "
terça-feira, 28 de julho de 2020
quinta-feira, 16 de julho de 2020
5 RAZÕES PARA OS FILMES DO BATMAN DE JOEL SCHUMACHER SEREM TÃO ODIADOS?
No
mês passado, Batman Eternamente (Batman Forever, EUA, 1995),
completou 25 anos do seu lançamento. Filme dirigido por Joel Schumacher. Que
não por acaso faleceu no dia 22 de Junho, aos 80 anos após enfrentar uma
batalha contra o câncer.
Ele que já estava
há anos aposentado do cinema. Carrega no currículo filmo gráfico
trabalhos excelentes. Mas ficou bastante estigmatizado por ter dirigido dois
filmes do mais icônico herói da DC, o Batman. Cujos resultados ficaram tão
péssimos que até hoje se tornaram umas unanimidades de ruins. Mas por quê será?
Após revisitar os dois filmes do Morcegão
que ele dirigiu que foi Batman Eternamente e Batman & Robin (EUA,
1997). Ao conferir fiz umas anotações e cheguei a umas 5 razões que podem explicar bem isso. Deixar
claro que pessoalmente eu gosto desses filmes, a minha análise é completamente
isenta. Deixarei de lado a minha paixão de fã. E vou analisar pelo lado técnico
cinematográfico. E que seja visto como uma homenagem ao diretor. Dito isso bora para as razões deles serem tão
odiados.
RAZÃO
Nº1
MUDANÇAS
DE TOM
Quando
Joel Schumacher foi contratado pela Warner para dirigir este terceiro capitulo
da franquia clássica do Batman, ele teve o duro desafio de pegar um universo
que já estava bem estabelecido pelo Tim Burton. Que já havia dirigido Batman(EUA,
1989) e Batman-O Retorno( Batman Returns, EUA, 1992). Com sua
peculiar estética gótica inspirado no cinema expressionista alemão, com uma
fotografia mais escura, explorando uma panorâmica soturna urbana com toques noir de
uma Gotham Citty poluída e imprimindo um
pouco da sua excentricidade como é
característico das suas obras. Tim Burton tinha pensado em concluir sua participação no projeto da franquia com uma
trilogia. Acontece que ele precisou abandonar pela razão de como ele declarou
posteriormente foi porque a rede de fast food McDonald´s, patrocinadora do
filme e responsável pelo licenciamento estava com prejuízo na venda devido ao
seu tom pesado. Burton ainda participou do filme, mas apenas como produtor
executivo. Schumacher teve o desafio de trabalhar justamente num filme que
fosse mais family friendly para atrair no aspecto comercial, coisa que ele não
sabia como fazer. Já que no seu currículo de filmes que já dirigiu, incluía de
teor adulto muito pesado. Ele partiu da ideia de se inspirar na pegada de humor
da clássica série de TV de 1966,
produzida por William Dozier(1908-1991), e também pela Fox e estrelada por Adam West(1928-2017)
como Batman com tom galhofa, satírico, nonsense, com uma estética extremamente
colorida com tons bem berrantes inspirado na pop art e muito camp. E cheios de elementos cartunescos. Essa referência
fica bem evidente na caracterização do Charada(Jim Carrey) cujo tom
caracterização vestido de collant verde
com os símbolos da interrogação e com uma máscara cobrindo os olhos remete
demais ao modelo usado pelo vilão na série clássica onde foi interpretado por
Frank Gorshin(1933-1997) e por John Astin. Se ele partiu dessa premissa de
trazer um tom leve e divertido pensando na parte comercial do licenciamento de
brinquedos. Nisso ele conseguiu cumprir bem. Tanto que dirigiu posteriormente B&R. Porém, nota-se como o diretor errou demais a
mão com relação ao texto ao não seguir o ritmo da narrativa, principalmente nas
muitas piadas colocadas aqui muito
jogadas sem timing, o que nota-se em alguns momentos o desconforto
constrangedor de parte do elenco com um
texto muito abobalhado e com um trabalho muito mal desenvolvido de construção de personalidade
dos personagens. E a própria narrativa ir se perdendo do fio do seu novelo. Me
faz lembrar que quando eu vi esse filme no cinema, na época em que foi lançado
eu estava com 12 anos e me lembro que vi legendado uma cena do Robin fazendo uma manobra radical, onde ele
diz Kawabanga, que é uma referência ao bordão das Tartarugas Ninjas e na
legenda da cena alguém da tradução, posso até estar enganado, mas colocou “Ah!, eu tô maluco”. Numa referência
a uma popular canção que era bastante tocadas nas rádios aqui do Brasil. Para
provar o quão nonsene e até datado que essas obras ficaram.
RAZÃO
Nº2
ESTÉTICA
KITSCH
Essa
mudança de tom visual que Schumacher modificou ao assumir o duro desafio de dirigir
esses dois filmes de Batman, de transformar a atmosfera da Gotham soturna, sombria, suja, impresso pelos filmes do Tim Burton numa cidade mais
agradavelmente colorida com inspiração na clássica série de TV dos anos 1960.
Também é outro ponto que pecou demais e
onde ele errou a mão demais na hora de pincelar. Batmóvel piscando luzes
parecendo um carro alegórico, as caracterizações ridículas dos vilões ficando
muito carnavalescos, o Duas-Caras(Tommy Lee Jones) de Batman Eternamente ficou mais parecendo uma ridícula caricatura cartunesca, isso sem falar no design das suas duas assistentes Sugar(Drew Barrymore) e
Spice(Debi Mazar) vestindo uns decote
muito sexualizado, ficaram mais parecendo uns estereótipos de objetificação da fantasia erótica
masculina, tipo umas strippers fazendo umas apresentações burlescas em
apresentações de cabarés.
Isso sem falar nos capangas com capuz, parecendo versões toscas de ninjas. Pior é a caracterização do Mr. Freeze
cuja textura da tinta azul na pele do Schwarzenegger fez ele parecer um quase
cospobre do Blue Man Group cujos efeitos de brilho o deixam parecer uma
animação mal feita em computação gráfica em 3D que fazem ele mais parecer uma
versão cartunesca de videogame de SuperNintendo e com aquele design ridículo da
armadura robotizada do personagem, ficou tosco demais, quase um estereotipo de
traje futurista. Resumindo, tudo isso fez a obra ficar com um tom estético
muito kitsch, de tão brega que ficou no aspecto visual. Principalmente quando
se olha na caracterização extravagante e espalhafatosa da Hera Venenosa e numas
cenas dos becos de Gotham mostrando uma gang de motoqueiros todas pintada
parecendo que estão numa festa a fantasia. Enfim. Uma verdadeira vergonha
alheia de ver.
RAZÃO
Nº4
PÉSSIMAS
ATUAÇÕES
Ainda
pior do que o roteiro com piadas foras de timming e os designs de produção com
fotografia cheia de cores berrantes, com figurinos espalhafatosos onde tudo
isso já criava uma atmosfera brega. A
coisa fica ainda pior quando você
analisa as péssimas atuações em relação a escolha de elenco que Schumacher
tomou para estes dois filmes da franquia do Batman que ele dirigiu. E olhe que
ele escolheu nomes de pesos, muitos star talents. Mas mesmo assim não foram
suficientes para sustentar as tramas com um texto muito abobalhado, a um nível
bastante infantiloide. Isto se reflete, principalmente no desfalque do
protagonista. Inicialmente Schumacher queria manter Michael Keaton como
protagonista. Mas como ele se mostrou bastante inconformado com as mudanças de
rumos, declinou do projeto e então ele escalou Val Kilmer para ser o
protagonista. Um excelente ator, mas com uma personalidade problemática. Além
da dor de cabeça com Val Kilmer que deu muitos pitis nos bastidores, Schumacher
também enfrentou uma enorme dor de cabeça com Jim Carrey e Tommy Lee Jones, os
interpretes dos antagonistas da obra
Charada e Duas-Caras. Kilmer fez uma representação bastante apática do papel. O
mesmo ocorre com Tommy Lee Jones que mostra um evidente desconforto no papel do
Duas-Caras, principalmente na caracterização ridícula muito carnavalesca do
personagem. E Jim Carrey, tipo até que ele se mostra bem à vontade no papel
imprimindo os seus trejeitos e maneirismos de trabalhar no humor físico, porém,
dá para se perceber o quanto que ele acaba colocando um tom afetado demais no personagem a ponto da
motivação mirabolante dele ser muito pífia para sustentar a trama. E o pior
fica mesmo quando ele colocou George Clooney para substituir Val Kilme em
Batman & Robin, onde este mostra um tremendo constrangimento em representar
várias cenas que dão vergonha alheia de
ver. Enfim, mas de todos estes nada se compara ao quinto e último intem dessa lista de razões onde este ai dá
para ver que não dá mesmo para ver a dificuldade em defender Joel Schumacher.
RAZÃO
Nº5
MODIFICAÇÃO
DA ORIGEM DA BATGIRL
De
todos estes mostrados na lista, a pior ideia do que Joel Schumacher imprimiu na
franquia foi na maneira como ele teve a “brilhante” e duvidosa ideia de ao
inserir a Batgirl em Batman & Robin,
alterar sua origem. Em vez dele a apresentar na figura da Barbara Gordon, a
filha do Comissário Gordon. Ele aqui modificou a apresentando como Barbara Wilson,
sobrinha do Alfred, o Mordomo de Bruce Wayne. Talvez porque como a presença do Comissário
Gordon foi tão mal explorada nesta franquia desde o primeiro filme dirigido por Tim Burton. Que aliás, vale
mencionar que os únicos atores remanescentes de Tim Burton foram os que
estiveram presentes nestas duas obras da franquia do Batman dirigida por Joel Schumacher foram os que fizeram os
idosos Mordomo e o Comissário. Ambos já
falecidos como Michael Gough(1916-2011)
na pele do Mordomo Alfred e Pat
Hingle(1924-2009) como o Comissário Gordon. Pior ainda do que ver o quanto que
o diretor errou feio em modificar a origem da Batgirl e que dá enorme vergonha
alheia de ver. Foi ver o quanto que o diretor não teve o mínimo de pudor de explorar a hipersexualização ao obejtificar a heroína com os closes
anatômicos na cena dela vestindo o traje. O tom erotizado colocado na obra
deixou parecendo estrelar um comercial de filme privê, tornando muito bizarro ainda mais por ser
ter sido pensado em atrair crianças para as compras dos brinquedos. Alicia
Silverstone coitada, na época estava com a carreira em franco crescimento
depois de estrelar produções voltadas para o nicho juvenil. Quando veio o
convite para o papel nessa produção de alto orçamento, a carreira dela ficou
completamente queimada. O que a deixou bastante traumatizada principalmente
pelo traje desconfortável que ela usava em cena, fora o fato da crítica maldosa
na época achar que ela estava um tanto gorda para representar um
papel num filme daqueles. Isso resultou dela parar de vez na carreira. De vez
em quando, ainda atua em pequenas participações nas produções de baixo
orçamento.
Bom,
no balanço geral, dá para se compreender as razões do porque que boa parte do
público em geral, seja da critica especializada ou mesmo do fandom do Batman odiarem
estes dois filmes do herói dirigidos por
Joel Schumacher. Mesmo assim que aqui
fique a homenagem a ele. Da maneira torta é claro.
R.I.P
JOEL
SCHUMACHER
(1939-2020).
quinta-feira, 9 de julho de 2020
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