sábado, 7 de janeiro de 2017

BALANÇO DOS FILMES DE SUPER-HERÓIS EM 2016



2016  foi um ano fenomenal  onde os fãs dos super-heróis viveram mesmo um êxtase no cinema com uma enxurrada de títulos. Só no primeiro semestre tivemos quatro meses seguidos com títulos de heróis. Começamos com Deadpool que estreou em fevereiro, seguido de Batman Vs Superman: A Origem da Justiça em março, Capitão América: Guerra Civil em abril e finalizando com X-men: Apocalise. E no segundo semestre tivemos num intervalo de dois meses Esquadrão Suicida e Doutor Estranho. Ou seja, o cinema foi dominado pelos super-heróis.
Farei abaixo meu balanço de cada um dos filmes de super-heróis de 2016 que eu assisti  pela ordem cronológica de lançamento. 





DEADPOOL














O filme mais improvável, mais incógnito, mais incerto ao qual a critica especializada e os fãs marvetes, mais ficavam com muito receio a ponto de esperar que este filme resultasse num grande fracasso. Diversos foram os fatores que sustentavam esta ideia de fracasso, dentre estes destaco  quatro pontos. Primeiro ponto: O fato do personagem não ser muito conhecido do grande público. Segundo ponto: O personagem por ter uma essência muito insana, por ser um mercenário  usando  duas espadas para matar o inimigo e expondo o sangue,  e como filme ia nessa pegada o que podia prejudicar a bilheteria por receber uma classificação limite para maiores de 18 anos com este teor de violência muito explicita, com diálogos cheio de palavrões, ainda por cima com um personagem tagarela como ele e mostrando cenas eróticas num bar com strippers nuas tudo isso enfim já gerava o fator de risco do filme virar um fracasso. O terceiro ponto: Este era o que deixava a critica receosa  era o fato dele contar  como protagonista logo Ryan Reynolds, que já tinha participado de outras produções de super-heróis nos quais a experiência não foi muito agradável. Fez o Deadpool no X-Men: Origens-Wolverine(2009), cuja representação foi de tão péssima, que até hoje ninguém gosta de lembrar, e depois estrelou “Lanterna Verde”(2011), filme da Warner, inspirado num herói da DC Comics. Fracasso de critica e bilheteria. Por fim, o quarto e último ponto que gerava uma grande certeza da critica especializada do filme ser um fracasso de todos estes pontos mencionados acima era pelo fato dele  ser produzido pela Fox.  No geral, tudo isto gerou foi o fator para o clima de insegurança sobre o filme, até mesmo eu fiquei meio receoso desse filme. O que pelo jeito, quebramos a cara e queimamos a língua. Porque o filme mostrou ser uma grande surpresa inesperada. Mesmo não sendo uma produção caprichada e sendo dirigido pelo Tim Miller, que não tem currículo algum no cinema. Tendo poucas estrelas no elenco além do Ryan Reynolds e da brasileira Morena Bacarrin  estrela das séries de tv americanas, que no filme faz Vanessa, namorada do herói. Os coadjuvantes são praticamente desconhecidos do grande público. Ainda assim  o filme foi uma grande  surpresa no começo do ano. Pode-se dizer que uma das coisas que fez o filme virar um grande sucesso, foi fato dele mesmo não se levar a sério, o tempo todo desde os créditos iniciais na abertura já começa logo zoando sobre a produção,  os diálogos contém o tempo todo   piadas ácidas apresentando tom referencial, o  Deadpool do filme respeita a essência do Deadpool nos quadrinhos, com seu jeito malandrão, tagarela e quebrando a quarta parede o tempo todo. Com uma trilha sonora que traz um revival de duas  balada românticas dos anos 1980 como   “Careless Whisper”, sucesso de George Michael(1963-2016) e “You´re the inspiration”, canção da banda Chicago. A trama apesar de apresentar algumas falhas e com um aspecto um tanto medíocre  consegue ser cativante, com uma história mais pé no chão, sem se utilizar de muitos toques de escapismo, ou mesmo de muito exagero de CGI para justificar a ideia de grande ameaça mundial para causar uma grande catástrofe. A Fox acertou mesmo em trabalhar com um herói mais improvável do mundo, que com certeza se tivesse no Universo Cinematográfico Marvel teriam suavizar muito o roteiro. Que venha Deadpool 2.





BATMAN VERSUS SUPERMAN:A ORIGEM DA JUSTIÇA













O filme mais aguardado do ano dividiu muito as opiniões da critica especializada e dos dcnautas.  Estreou no período do feriado de Semana Santa, a trama  apesar de apresentar muitas  falhas, ainda assim me surpreendeu bastante. Dos acertos que posso destacar está no fato deles terem bem introduzido a figura do novo Batman logo na abertura, mostrando qual a sua motivação para encarar o Superman. Consequência de quando ele esteve em Metropolis e lá foi testemunha ocular do acontecimento da batalha do Superman contra o General Zod. Nesse interim a trama foi explorando alguns pontos soltos do filme do Homem de Aço e introduzindo a Mulher-Maravilha em seu filme solo,  no qual se mostrou a grande surpresa e o momento da batalha épica dos mais icônicos heróis da DC. Agora a parte que que para mim mais pecou no filme, foi o Lex Luthor como vilão, sua representação no filme não ficou muito convincente de que seria ameaçador, ficava ali mais de enfeite como um bobo da corte. O Apocalipse foi pouco explorado no filme. E o excesso de pirotecnia jorrando na tua cara bem ao estilo Zack Snyder, atrapalhou e muito o andamento da narrativa. Entre pós e contra ainda assim é um filme que merece ser assistido. 







CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL
















O terceiro filme do Sentinela da Liberdade, responsável por iniciar a Fase 3 do Universo Cinematográfico Marvel.  Era dentre todos o que mais me gerava um forte receio.  Principalmente pelo fato de ser adaptado  de um importante arco dos quadrinhos, onde ele e o Homem de Ferro vivem em confronto sobre a Lei dos Registros dos Heróis imposta pelo Governo Americano após o trágico acidente provocado por um grupos de jovens com super poderes que estavam se exibindo para um reality show  e irresponsavelmente um utilizou o poder para provocar um incêndio numa escola . O que gerou a motivação para haver uma divisão na equipe, de um lado está os que apoiam o Homem de Ferro e do outro o Capitão América. Como se não fosse o bastante a ideia de adaptar o roteiro de uma grande saga dos quadrinhos, dentro de um filme solo do Capitão América, para transformar o  Homem de Ferro em vilão,  sendo o Vingador Dourado o mais amado do público do cinema. Onde nos quadrinhos a equipe tinha muitos componentes que não foram introduzidos no cinema, principalmente os X-men e o Quarteto Fantástico que estão na propriedade cinematográfica da Fox. Também de como eles iriam introduzir o Homem-Aranha no filme, bem no momento que a Marvel adquiriu o direito do Cabeça de Teia, que antes estava nas mãos da Sony. Ainda mais  que no arco do quadrinho, ele tem uma função importante de ao ficar do lado do Homem de Ferro, revelava para todo mundo sua real identidade de Peter Parker, e depois que fez vai para o time do Capitão América. Além do Homem-Aranha, também fiquei receoso quanto a introdução do Pantera Negra.
Tudo isso foi deixado de lado depois  que me surpreendi com todo o clima de ação   tensa numa atmosfera de thriller politico que os Irmãos Antony e Joe Russo conseguiram mais uma vez acertar a mão. Cheio de impacto, cheio de porrada, com uma trama  mais enxuta e sabendo bem dosar o tempo de tela de cada personagem. Soube bem como introduzir o Pantera Negra, e mostrando qual sua motivação para entrar no time do Homem de Ferro, ele já deixou para seu filme solo desta terceira fase, assim como a introdução do Homem-Aranha foi uma grande surpresa, o que eu mais temia, mas despois me deixou aliviado  e trazendo o gancho para seu filme solo que estreia agora em 2017. Ainda que o filme apresente alguns pontos falhos na formula Marvel de trazer sempre piada numa cena que exige tensão, o que gera uma quebra de ritmo e do clima da cena. Mas dentre todos estes, o pior mesmo foi o Barão Zemo como vilão do filme mostrou-se uma grande decepção, era um completo inútil agindo nos bastidores para manipular toda a intriga, usando do Soldado Invernal como seu fantoche, e a razão para a discórdia da equipe. Principalmente por saber do segredo que ele foi responsável por matar os pais de Tony Stark/Homem de Ferro em 1991. Além do fato de eu pessoalmente ter achado estranho ver Marisa Tomei, uma atriz bonitona na pele da Tia May. De todos os males, pode-se dizer que o filme carrega muitos acertos e merece ser sempre assistido em casa quando você não tiver nada o que fazer em casa.









X-MEN: APOCALIPSE










O esperado terceiro capítulo da saga prequela da franquia mutante produzida pela Fox. Foi uma produção que a meu ver acertou bem em explorar a introdução do Apocalipse como vilão o apresentou na premissa se passando no Antigo Egito Faraônico o povo o endeusando como En Sabah Nur, com todo aquele escapismo  com ares bíblico que bem remetiam ao filme “A Múmia” para saber qual será sua motivação para ameaçar o mundo, assim acertou o tom de sua caracterização no ator Oscar Isaac bem diferente daquele tom robótico dos quadrinhos. Com o passar do tempo, a trama chega a 1983, onde então ocorre os eventos que vão ocasionar o despertar do Apocalipse para o tempo atual. Eu me surpreendi com a maneira como foram introduzidos os “novos” mutantes na equipe ainda jovem. Como a Jean Grey, o Ciclope e a Tempestade, de todo a produção caprichada nos cenários e nos figurinos que bem reproduzem os modismos dos anos 1980, dando aquela sensação de como se você tivesse vendo algum filme da época, tipo os clássicos juvenis como “A Vingança dos nerds”, por exemplo, entre outros. Porém, o filme também pecou demais ao trazer momentos desnecessários trazendo mais aquele  furos de roteiro para bagunçar mais a cronologia cinematográfica. Entre os que mais me incomodaram foi ver o William Striker aparecendo para capturar alguns dos alunos da Escola, após o Apocalipse para capturar o Professor Xavier. Para simplesmente  ali motivar a introdução do Wolverine com estes sendo aprisionados na sua base. Onde lá a Jean, o Ciclope e o Noturno é quem ficam  responsáveis por libertá-lo  de uma câmara onde ele estava aprisionado e ela ao libertá-lo usa o  seu poder mental para apagar sua memória. Por si só esta já gerou um furo de roteiro, porque o Wolverine de todo jeito ia perder a memória mesmo sem  uma interferência da Jean Grey. No geral, a Fox desde que comprou os direitos de adaptação da franquia mutante na década de 1990 ao mesmo tempo em que já fez muitos acertos com a franquia mutante, também dá umas tremendas escorregadas.








BATMAN-A PIADA MORTAL










Este filme em desenho animado, inspirado no famoso arco dos quadrinhos de Alan Moore. Eu pude conferir numa sessão exclusiva na Rede Cinemark daqui de Natal/RN em parceria com o site do Omelete. Como eu nunca tinha lido a obra me fascinei muito com este filme em desenho animado. O filme apresenta uma trama bem razoável. Cumpre bem o dever de ser uma história voltada para adultos, tirando isto a única coisa  que me incomodou bastante foi ver uma cena do Coringa cantando, algo muito surreal de ver. Parecia uma cena de desenho da Disney. Tirando isto para mim, valeu conferir um desenho deste na telona, o que não é muito comum de acontecer. 








ESQUADRÃO SUICIDA













Inspirado na equipe pouco conhecida do Universo DC Comics também dividiu e muito as opiniões entre a critica especializada e os dcnautas. De todo jeito, apesar de apresentar muitas falhas no roteiro, falhas também na direção do David Ayer, ainda assim consegue ser um filme bem razoável de ser assistido, graças aos personagens que conseguem sustentarem o escopo o bagunçado da trama que foi muito mal dilapidada, especialmente a Arlequina que rouba as cenas o tempo todo. A trilha sonora que também não poupada de receber criticas negativas, pelo menos consegue criar bem um clima para o filme, especialmente a famosa canção revival de  “Symparth for the Devil”, um clássico dos Rolling Stones. Tirando isto, o filme fica um tanto perdido. Mesmo assim, conseguiu lucrar na bilheteria, o que significa que teremos uma futura sequencia do filme. Espero que desta vez eles saibam como trabalhar na carpintaria da trama. 







DOUTOR ESTRANHO

 







Por fim, tivemos Doutor Estranho,  apresentação do novo herói dentro da Fase 3 do Universo Cinematográfico Marvel. Me surpreendeu bastante, também me gerou muito receio, pelos mesmo fatores clichês de sempre da critica especializada ver um grande risco e uma incerteza para o sucesso. Como o  fato dele ser inspirado num herói  não muito conhecido do grande público, por si só já gerava risco, assim como ele representa um perfil de um sujeito não-muito agradável, mas o principal fator mesmo era a questão que envolvia o toque escapista dele trabalhar com forças sobrenaturais, místicas, cósmicas, dimensionais e por encarar inimigos que representavam entidades com poderes sobre-humanos, por só fator já criava o grande receio de como isso seria trabalhado no cinema, ainda mais que a Marvel só tinha trabalhado com heróis mais pé no chão. Fora também de ser dirigido por um diretor como Scott Derrickson que vem de um currículo em filmes do gênero horror, tirando dai já dava para imaginar o que podíamos esperar um toque bem sombrio  de um herói que mexe justamente com elemento de ocultismo. Tudo isto também foi deixado assim que eu assisti e me fez viajar na sua atmosfera de outro mundo. Me surpreendi com a atuação de Benedict Cumberbatch no papel principal. Da maneira como ele apresenta o Stephen Strange como o médico-cirurgião arrogante com visão ambiciosa e capitalista, até o momento em que após o acidente em que ficou com suas mãos inutilizadas para fazer cirurgia e isto o faz entrar no fundo do poço, gastando com cirurgias milagrosas que não resultam em nada. Até o momento que resolve ir para a Ásia e ir até o antigo da Anciã para encontrar sua cura e lá descobri os poderes ocultos para torna-lo o Mago Supremo Doutor Estranho. Assim como o próprio enredo se mostrou bem dosado, ainda que entrando naquela chatice da velha formula Marvel de proporciona uma piada numa cena inadequada para quebrar o ritmo e tal. De todo o jeito foi uma obra surpreendente. Apresentando um gancho para Thor: Ragnarök que estreia neste ano de 2017.




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