sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

RESENHA DAS MINHAS LEITURAS DE QUADRINHOS EM 2016.




 SELEÇÃO DAS  MINHAS  6  MELHORES LEITURAS DE QUADRINHOS EM 2016.








   
Aqui vai então minha seleção com o balanço das leituras dos cinco quadrinhos ao longo de 2016. O critério de escolha foi baseado nas obras que não produzi texto critico de resenha aqui no blog. Então vamos lá. 

LIGA DA JUSTIÇA-TORRE DE BABEL











Publicação da coleção de encadernados capas dura da Eaglessmoss. Deu-me uma oportunidade incrível de fazer uma releitura desta obra. Digo isto porque eu já tinha lido este arco sensacional da Liga da Justiça na antiga publicação da série Super-Heróis Premium da Editora Abril, um selo que representou uma grande experiência revolucionária no mercado editorial brasileiro de quadrinhos no começo dos anos 2000. A série Super-Heróis Premium foi a primeira publicação de luxo de quadrinhos de heróis no Brasil. Antes disso, as publicações dos heróis Marvel e DC Comics seguiam o padrão das revistas da Turma da Mônica, denominados de forma irônica como formatinhos. Por se tratarem de publicações de baixo custo, produções simples, muito modestas fabricadas em papel jornal que gerava uma  baixa qualidade para a leitura. Já a série Premium da Editora Abril surgida em 2000 veio inovando trazendo um formato maior, no padrão americano, com papel couché para dar melhor qualidade para a leitura e para trabalhar na qualidade do traço e das paletas de cores, com a lombada quadrada e a capa cartonada. Ou seja, foi a primeira experiência de publicações de luxo de quadrinhos, e representou para mim uma experiência muito especial, porque tinha sido meu primeiro contato em fazer coleções dessa linha. Ainda que o valor cobrado 10,00 R$ torna-se inacessível a ponto de gerar a extinção do selo Premium. O arco de Torre de Babel que foi publicado na série Premium número da Revista do Superman com a capa de “Batman-O Traidor”, bem sugestivo. De autoria de Mark Waid e Dan Curtis Johnson como roteiristas, Howard Porter, Pablo Raimond e Steve Scott como desenhistas. Drew Geraci, Mark Propst, Claude ST. Aubin e Dave Meikis na arte-final, letras de ECC Ediciones e cores de Pat Garrahy e Tom McCraw e Don Rasper como editor original. O enredo do arco de Torre de Babel, publicado originalmente nos Estados Unidos entre Julho e Dezembro de 2000. Trazia um formato muito sensacional, irado demais mostrando Ra´s Al Ghull planejando criar uma forma de enfraquecer a Liga da Justiça sabendo dos dados de cada membro por meio do Batman para botar em prática o seu plano maquiavélico de trazer  um caos mundial onde o mundo não consegue se comunicar, ou seja promovendo uma verdadeira Torre de Babel. Um ponto que eu destacaria gostei demais neste encadernado capa dura de luxo  da  coleção da Ealemoss com os heróis DC Comics é que assim como os heróis na Salvat tanto preta quanto vermelha, eles também um conteúdo extra, tipo na primeira folheada temos um texto introdutório explicando do que se trata o arco de Torre de Babel, com a biografia dos respectivos autores. Após o final da lida do arco desta edição temos um texto explicando sobre a origem da Liga da Justiça  com a edição “The Brave and the Bold 28” e em seguida traz a trama de uma publicação de março de 1960  da Liga da Justiça da América chamada “Starro, O Conquistador”,  com os traços e as paletas de cores originais e todo o aspecto da caracterização original mostrando a equipe tendo a terrível ameaça do ser alienígena Starro que veio para a Terra com o plano de dominar a humanidade. Subiu o meu conceito.  



HOMEM-ARANHA AZUL










Pertencente a série da coleção de encadernados pretos da Salvat, o arco de Homem-Aranha: Azul, de autoria de Jeph Loed como roteirista, Tim Sale como desenhista e Steve Brucellato como colorista. A trama de Homem-Aranha: Azul, extraída originalmente da edição americana de  Spiderman: Blue publicada em 2002,    centrada na primeira paixão que o jovem e atrapalhado nerd  Peter Parker, o nosso Cabeça de Teia, teve antes de conhecer Mary Jane Watson que foi a Gwen Stacy. O escopo do seu enredo apresenta a jornada do  Cabeça de Teia ainda abalado pela perda da Gwen Stacy morta pelo Duende Verde lembrando sempre dela nos mais inusitados e diferentes momentos, principalmente quando Mary Jane aparece na vida dele e durante uma confraternização que ele estava participando no apartamento de Harry Osborn quando precisou enfrentar a ameaça do Abutre. Além desse, também enfrenta o Lagarto e o Kraven. Assim como é típico da coleção preta da Salvat, ele apresenta um conteúdo extra, abrindo  com um texto do Marcos M.Lupoi, o diretor de publicações da Panini, em seguida temos uma rápida explicação dos eventos que antecedem ao arco, após finalizada a leitura da obra temos os textos biográficos dos autores Jeph Loeb e Tim Sale e uma apresentação da galeria de artes deles mostrando os rascunhos para Homem-Aranha: Azul. O mais legal que achei nesta obra é que nas primeiras folheadas vemos toda a paleta do traço em azul, criando um ar bem melancólico e sombrio  apresentando  o  contraste com uma rosa vermelha. Muito bem caprichado.  Recomendo para quem já tem a coleção completa preta da Salvat, mas falta adquirir esta obra para ficar completa. 





HULK CONTRA O MUNDO 











Outro arco da coleção preta da Salvat da qual fiz minha leitura em 2016 é “Hulk contra o mundo”. De autoria de Greg Park como roteirista e John Romita Jr. como desenhista. Extraído da edição original americana de World War Hulk publicado nos EUA entre Julho de 2007 até Janeiro de 2008. A trama do quadrinho traz a conclusão da saga do Planeta Hulk, também incluída na coleção da Salvat em duas partes, mostrando sua volta a Terra revoltado geral com a equipe dos Vingadores e com toda a humanidade, planejando causar um caos tremendo, ainda mais trazendo junto consigo os membros do Planeta Sakaar, do qual ele ajudou a sair da tirania em que vivia. Todos os Vingadores vão vim ter de se mobilizar para impedir esta grande ameaça causada pelo Gigante Esmeralda, se por só ele já era ameaçador, com o pavio curto então, e trazendo companheiros alienígenas ai é que a ameaça tem proporções globais. Uma ótima pedida para quem tem quase completa as edições pretas da Salvat. 




STAR WARS-VIDA E MORTE NA ARENA









A edição mensal publicada com o selo Marvel/Panini Comics, extraída da edição original americana Star Wars 10, publicada em dezembro de 2015. Traz para quem é fanático de carteirinha mesmo da franquia  um puro deleite desta expansão do filme em quadrinho. Com roteiro de Jason Aaron, Arte de Stuart Immonen e cores de Wade Von Grawbadger. Nesta obra, somos apresentados a aventura do Han Solo e da Princesa Leia acompanhado de Sana pilotando uma nave em fuga. Em paralelo temos Luke prisioneiro do Jabba The Hutt enfrentando entre a vida e a morte uma arena como gladiador entre outros momentos sensacionais para aprecia Star Wars. Mesmo quem não curte muito Star Wars, vai ficar com a arte do traço do Stuart Immonen que representa bem uma reprodução perfeita detalhe por detalhe  dos personagens do filme e com as tonalidades das paletas de cores usadas por Von Grawbadger na obra ainda mais sensacional. Fazendo os personagens clássicos vividos por Harrison Ford como o Han Solo e a Carrie Fisher(1956-2016) in memoriam ficarem perfeitamente cartunescos. 







CONVERGÊNCIA-ARLEQUINA










No ano em que a personagem mais maluca e sensual dos quadrinhos da DC Comics, estrelou o filme do Esquadrão Suicida, na pele da bela Margot Robbie. Conhecer um pouco mais de sua essência, ainda mais numa edição onde conta com outras duas femmes fatales vilãs dos quadrinhos do Batman como a Mulher-Gato e Hera Venenosa. Formando o implacável trio das Sereias de Gotham, nome bem apropriado.  Que tem origem na primeira publicação das três juntas numa série mensal  em quadrinho lançada entre  2009-2011. Só  por isso já me motivo a querer ler esta edição. Extraído da edição original americana Convergence: Harley Quinn 1 e 2, publicados entre  em Junho e Julho de 2015. Com roteiro de Steve Puch e desenhos de Phil Winslade. Com a história de “Na toca do Coelho” nesta mostra Arlequina envolvida num assalto ao Museu de Arte de Gotham City. Quando em um confronto com a policia ela se depara com o céu em sinal de convergência. Depois a trama vai fluindo mostrando vivendo uma vida comum como a Harlen Quinzel em seu apartamento num rolo com um cara, depois temos a Hera Venenosa e a Mulher-Gato encarando uns trogloditas quando lá se deparam com uma voz do céu em convergência, é então que elas vão atrás da Arlequina para encararem o grande perigo. Que envolve seres alienígenas mutantes em formas de animais como um porco e um coelho que é chamado de Capitão Cenoura. O que ocorre nas paginas seguintes com “Caça ao Coelho”. Para o leito que nutre algum tesão pela Arlequina, não só por ela, mas pela Mulher-Gato e pela Hera Venenosa, vale a pena adquirir esta edição. Ele traz um arco bem fechado, apesar da trama apresentar elementos muito bobinhos. Mas pelas Sereias de Gotham vale a pena fazer, principalmente porque existem rumores de que a Warner está pensando em produzir um filme com este grupo. E assim poder conhecer um pouco da essência de cada uma.     




COLETÂNEA POTIGUAR DE QUADRINHOS




Para finalizar a lista, descrevo sobre uma edição especial que é a Coletânea Potiguar de Quadrinhos, um projeto contemplado pelo Edital Moacy Cirne de Quadrinhos apresentado  numa edição de luxo, no encadernado capa dura em  formato grande ao estilo das publicações americanas em papel couchê   e com a lombada quadrada. Esta edição única que adquiri quando fui ao lançamento na antiga Loja K-Ótica, onde estavam presentes um dos autores José Verissimo e Marcos Guerra para autografar esta edição. Reunindo  sete diferentes histórias escritas e desenhadas por diferentes quadrinistas potiguares, cada um apresentando uma abordagem peculiar, bem representado na identidade visual dos traços e das tonalidades e paletas de cores, bem ecleticamente democrático que pode agradar a todos os diferentes públicos de gregos a troianos. A primeira história que abre o encadernado é “O Tempo Voa”, criação da ilustradora e artista plástica Estrela Santos que nos apresenta uma trama muito simples, mas  que envolve uma situação bem comum do dia-a-dia, com uma mulher sem nome indo ao banheiro onde vive sendo incomodada  por uma mosca. O traço que ela utiliza é sensacional, uma verdadeira obra de arte, com paletas de cores incríveis e o roteiro simples, mas muito envolvente e reflexivo dão o tom deste quadrinho no qual espelha a vida nossa rotineira. Após a lida desta primeira obra, temos em seguida “Nova Era”, com roteiro de Rodrigo Bezerra, desenhos de Carlos Alberto e cores de Miguel Rude. Esta história nos  traz uma pura viajada ao ambiente do escapismo científico, mostrando um cenário  da Natal futurista pós-apocalíptica após o acontecimento cataclísmico como previa o calendário maia em dezembro de 2012. Onde o sol provoca a inversão do polo magnético da Terra, causando um caos energético muito grande. Pois dessa forma os elétrons não criam mais atritos e nem combustão. É nisso que vemos a surgir uma nova sociedade denominada de Nova Era que passa criar as relações com as energias só poderem ser fabricadas por fusões e provocações nucleares de elétrons. Isso vai se refletir mil anos depois, na Natal do ano 3012 mostrando o grupo paramilitar da Nova Era impedindo  um grupo denominado de Viggis, sujeitos com objetivos gananciosos  querem usar daquilo para caráter mais mal  intencionados possíveis. O escopo do roteiro da HQ bem  escrita pelo  Rodrigo Bezerra somados a estética visual do traço do Carlos Alberto e as cores do Miguel Rude, deixaram a obra fantástica, incrível, espetacular. Principalmente na ideia de trazer um clima,  uma atmosfera bem sci fi, ou seja, de ficção científica com toques de suspense, ação e muita tensão com elementos de thriller político cheio de intrigas  entre outros, que não deixam nada a desejar. As ilustrações são perfeitas, ainda mais como imaginam o que seriam o panorama urbanístico de Natal daqui há uns 100 ou 1000 anos de diferença, com os carros voadores por exemplo. Para quem gosta de elementos sci fi com certeza vai amar esta obra. Em seguida temos a leitura de “Oceano de Cinzas”, com roteiro de Marcos Guerra e arte de Leander Moura.  Para quem gosta de quadrinhos mais sombrios, ou melhor de terror, esta aqui é um prato cheio. Ela traz aqui uma trama cheia de delírios sobre o universo dos sonhos, dos pesadelos apresentando muitos elementos surreais. O estilo do traço  e das tonalidades de cores sombrias com destaque para o azul e o preto colocada pelo Leander Moura casam perfeitamente com a trama muito profundamente reflexiva que a obra proporciona sobre os nossos  anseios psicológicos. Depois temos “Ultra Secreto”, história com roteiro do Rodrigo Bezerra e desenhos do Carlos Alberto que nos faz viajar até a Natal da década de 1940 quando serviu de base  militar para os americanos na Segunda Guerra Mundial, com uma trama bem simples que consegue mesclar bem elementos de didatismo com pura diversão com o recurso narrativo das licenças poéticas para dar um toque de frescor a obra. Principalmente nos personagens José e John. José na obra representa uma típica figura de um cidadão natalense comum que constrói um forte relacionamento de amizade com John, um militar americano em serviço na Base Aérea de Natal. E nesta amizade dos dois que podemos alguns estranhamentos de ambas as partes com alguns hábitos culturais. Como por exemplo, José estranhar ele lhe oferecer chiclete e por outro John mostrar  certo estranhamento com o costume alimentar tipicamente nordestino. Ou mesmo, mostrando José usando calça jeans e óculos escuros, um típico do que a influencia da presença americana trouxe para a capital, que até então carregava hábitos mais provincianos. O estilo da arte usa um tom bem catunesco sem cores. Em seguida, “Black et Blanc”, com roteiro e letras da Milena Azevedo e arte do José Verissimo que nos traz uma trama curiosa ambientada em Memphis, no Tenesse no ano de 1961, mostrando uma mulher negra se preparando para ir a um baile na sexta-feira a noite, no mesmo momento que aparecem uns caras brancos preparados para promover o terror com suas intolerantes do racismo. E ao saber disso, ela resolve preparar uma armadilha para ensinar uma verdadeira lição. Uma trama densa mais carregada de um tom bastante reflexivo. Depois temos, “O Senhor da Tempestade Negra”, com roteiro de Rodrigo Bezerra e Marcos Guerra, desenhos de Renato Medeiros e arte-final de Carlos Alberto. Que nos apresenta uma trama escapista mostrando um acontecimento milenar ocorrido quando o guerreiro Woodrocker fez um juramento com uma espada na hora de encarar um ser demoníaco chamado Cthulhu, que amaldiçoou sete vezes o nome dele. Algo que vai se refletir no tempo quando alguém apoderado passa a criar um perigo ameaçador, que só mesmo alguém mais expert pode vencê-lo. Um enredo bem apavorante, com as ilustrações sem casando muito perfeitamente em cada quadro de cena. É capaz até de te provocar medo. É bem pesado. Se você nervos sensíveis, recomendo não dá uma lida neste trama. Finalizando temos “Eni-guima”, criação de Wanderline Freitas que nos presenteia com uma trama muito surpreendente em tom de comédia ácida mostrando o detetive Eni-guima tentando convencer o Urubu-man, o defensor de Gota City que sob o hipnotismo do Apagão, o chefe do crime organizado na região o faz ficar amedrontado e sem estimulo de o combater. E ele precisará usar das palavras de estímulos para convencê-los a voltar a combate-lo. Uma trama muito fascinante, cheios de muitas referencias ao universo da cultura pop, com muito humor ácido. O traço que ele criou também reflete com um tom bem caricato dos personagens que apresentam um aspecto bem cartunesco. E sem cores melhor ainda, criam um charme bastante noir. Isso tudo é o que posso descrever sobre as histórias apresentadas aqui na “Coletânea Potiguar de Quadrinhos”.





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